Varejo se transformando em fintechs, antecipação de recebíveis e alongamento de prazos são as maiores tendências em 2022 

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Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

Juros altos, inflação, economia em crise, pandemia sem previsão de final e um ano de eleição presidencial são alguns dos eventos que devem marcar o Brasil em 2022. O cenário que em um primeiro momento pode parecer caótico, pode ser visto também como uma oportunidade para se fazer bons negócios e expandir se fizermos a leitura correta do cenário. 

Quando penso na diferença entre o ano passado e esse não tenho como não elencar a alta na taxa de juros como a principal diferença. O dinheiro está, definitivamente, mais caro e muito mais caro. Começamos janeiro de 2021 com 2% de taxa de juros e já neste ano, estamos falando em 10,75% com um indicativo de que devemos fechar o ano na casa dos 12%. O custo do capital está seis vezes mais caro em 2022! Esse custo mais alto impacta diretamente no planejamento das empresas. Se antes, para colocarmos um projeto em prática, tomando dinheiro no mercado para o investimento, teríamos que ele retornasse 10% a 15% para bancar o custo do capital, agora esse retorno precisa ser de 25% pelo menos.  

Nesse cenário, quais são as tendências e como aproveitá-las? Uma tendência de 5 anos atrás e que se tornou fato e hoje é uma realidade em expansão é o que podemos chamar de “fintechzação” ou bancarização dos grandes varejos que passaram a oferecer alguns serviços financeiros com o intuito de fidelizar e monetizar seus clientes.  

A novidade para 2022 é que esta fintechzação está chegando na indústria, no B2B. A tecnologia torna isso possível e acessível com facilitadores como Open Bank e o Pix que possibilitam chegar a cadeia todos os serviços como a conciliação, antecipação de recebíveis com garantia que possibilita o alongamento de prazo para pagamento e o crédito à juros mais baixos devido à redução de riscos. Aliás, essa é a grande necessidade do mercado: prazo. Com o dinheiro “mais caro”, todo mundo precisará de mais prazo e a antecipação de recebíveis se faz muito necessária e com isso uma oportunidade imensa para empresas que oferecem soluções neste sentido.  

Uma grande indústria de tabaco consegue e tem caixa para apoiar seus pequenos clientes que são, por exemplo, as bancas de jornal e pequenos comércios. A indústria sabe que eles não têm capital, mas sabe que eles têm recebíveis e a tecnologia está ali para apoiar e dar soluções inteligentes de gestão financeira para toda a cadeia de supply chain finance. 

O ecossistema inteiro tem que ser levado em consideração e ser bem cuidado para que funcione para todos. É preciso ter isso em mente para crescer, para desenvolver projetos que façam, claro, a minha empresa crescer, mas não só ela. Eu, como empresário, preciso pensar em todos os agentes do sistema.  Aqui, vale também lembrar que o ESG, também uma tendência em alta, vai além da questão ambiental. Também é cuidar da saúde financeira da cadeia como um todo. A saúde financeira das empresas gerida de maneira sustentável impacta diretamente no trato social e ambiental.  

Outra tendência forte é o omnichannel, porém, neste ano, acredito que as empresas devam se voltar para as experiências físicas, o varejo físico deve voltar com força na medida em que a convivência social também volte. Empresas digitais devem vir para o físico também. Porém, o controle do omnichannel não pode não contar com a tecnologia, pois se for analógico vai se perder dinheiro. O checkout é sempre da plataforma.  

Sobre a Accesstage (https://site.accesstage.com.br/):  

Com o propósito de revolucionar a gestão nas empresas e trazer prosperidade financeira para os negócios, a Accesstage, Techfin, que integra tecnologia e serviços para simplificar e promover maior performance na gestão financeira, tem como posicionamento empoderar os gestores financeiros por meio de tecnologias para ver, prever e agir, assim tornando-os confiantes para tomar decisões acertadas. 

Com uma base de mais de 120 mil empresas conectadas, mais de 80 adquirentes de cartões e mais de 300BI trafegados anualmente em suas plataformas, a Accesstage é integradora de soluções e serviços para a gestão de pagamentos/recebimentos, transferência eletrônica de informações financeiras e cessão de crédito por meio do mercado de capital. Fazem parte do Grupo Accesstage as empresas Negocie Online, Trustion, Movats, IN10 e Kaspper.