Tecnologia é aliada na prevenção de plágios no ambiente acadêmico

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

Entre os muitos desafios dos educadores, um deles é falar sobre plágio com os alunos sem deixá-los com medo de escrever seus trabalhos acadêmicos e serem acusados de algum tipo de má conduta no que se refere a violações de direito autoral. Uma pesquisa realizada em 2018, revelou que 87% dos alunos que chegavam a Universidade Estadual de Campinas, tanto na graduação como na pós-graduação, não sabiam exatamente o que era plágio. O levantamento foi feito pela consultoria acadêmica Data 14, em parceria com a Turnitin, empresa global de tecnologia educacional com presença em mais de 15.000 instituições em todo o mundo.

Por não ser tão fácil de ser abordado por instituições e educadores, o tema muitas vezes não é tratado como deveria e acaba trazendo preocupações. O plágio é considerado crime e quem o pratica pode responder na justiça. Marcelo Krokoscz, Doutor e Mestre em Educação pela USP, explica que nem sempre a pessoa que está plagiando age de má fé, justamente por não saber o que configura esse tipo de má conduta. “As instituições e os educadores não podem partir do princípio de que os alunos sabem o que é má conduta, às vezes o aluno não sabe fazer uma citação corretamente, por isso é preciso falar sobre o assunto, mas de uma maneira positiva, de forma a contribuir com o conhecimento desse aluno”, afirma.

Tecnologia como aliada 

A pandemia de Covid-19 trouxe um impacto imediato para o setor da educação. O ensino remoto, agora já híbrido em muitas instituições, trouxe novos desafios tanto para alunos quanto para educadores. A falta de um contato mais direto com os estudantes, dificultou ainda mais a discussão em torno da má conduta no ambiente escolar e, neste cenário, a tecnologia tem se tornado uma aliada dos educadores rumo a um caminho de orientar melhor os alunos.

“Softwares que identificam similaridades em textos podem detectar cópias parciais ou integrais de trabalho acadêmico. Mas é importante frisar que essas ferramentas não devem ser usadas de uma forma punitiva para o aluno, e sim de uma maneira mais educativa, conscientizando o estudante e dando o suporte necessário para que ele desenvolva o seu próprio pensamento original”, explica Cesar Barreto, Executivo de Contas LATAM na Turnitin. 

Das 20 melhores universidades da América Latina, 14 instituições usam os softwares da Turnitin, que durante a pandemia viu crescer três vezes a submissão de trabalhos em sua ferramenta que identifica similaridades e em 10 vezes os registros para uso de sua plataforma de avaliação.

Barreto destaca ainda que, no caso de ferramentas de detecção de similaridades, não é a ferramenta em si a responsável por identificar um caso de plágio ou fraude, essa tarefa cabe à instituição e ao educador. “A ferramenta traz uma determinada porcentagem de similaridades encontradas no texto, mas não há um padrão de quantos por cento configura um caso deliberado de má conduta. Por isso, essa interpretação deve ser feita pelo professor, que vai avaliar se o aluno sabe fazer citações corretamente, por exemplo”, afirma.

Ao invés de punir, é preciso pensar em prevenção

O uso da tecnologia ajuda, mas não deve ser a única ação desenvolvida pelas instituições de ensino. Cesar Barreto afirma que o ideal é trabalhar com prevenção e orientação quando o assunto é má conduta acadêmica, explicando questões relacionadas a originalidade e o desenvolvimento do pensamento crítico. Três ações que podem ajudar neste processo são: 

1. Criar um senso de pertencimento para que os alunos se sintam vistos e incluídos. Isso pode ser feito oferecendo momentos para atendimento virtual e reuniões personalizadas para aumentar o tempo e qualidade da conversa com os alunos. Uma relação de confiança vai ajudar a obter insights dos estudantes.

2. Aumentar os ciclos de feedback para orientar os alunos no processo de aprendizagem. Os professores podem combinar suas avaliações com as necessidades dos alunos por meio desta análise. Desta forma, a eficácia do ensino aumenta, os estudantes se sentem mais respaldados e as avaliações são projetadas com integridade.

3. Ao buscar ferramentas de verificação de similaridade e que garantam Integridade Acadêmica, certifique-se de que a proposta tenha os melhores recursos para o ensino-aprendizagem. Dentro das melhores práticas estão incluídos feedback, a oportunidade de diagnosticar lacunas na aprendizagem por meio de análise de itens, além da oferta de uma estrutura para apoiar a interação de professores e alunos durante os trabalhos.

Seminário virtual sobre ética na pesquisa

Para debater a importância da ética no ambiente acadêmico e fortalecer as políticas e práticas institucionais, a Turnitin e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) promovem um seminário virtual no dia 26 de outubro. O webinar vai abordar com educadores as melhores práticas para assegurar que a pesquisa feita no país atenda aos padrões internacionais de Integridade Acadêmica. Além do Presidente da Confap, Odir Antônio Dellagostin, o evento também vai contar com a participação do Presidente do CNPq, Evaldo Ferreira Vilela, e do Coordenador Científico da revista Pesquisa FAPESP. As inscrições podem ser feitas pelo site gratuitamente.


Sobre Turnitin 

A Turnitin é uma empresa global dedicada a garantir a integridade da educação e melhorar significativamente os resultados de aprendizagem. Por mais de 20 anos a Turnitin faz parceria com instituições educacionais para promover a honestidade, consistência e justiça em todas as áreas temáticas e tipos de avaliação. Nossos produtos são usados por instituições educacionais e programas de certificação e licenciamento para manter a integridade e aumentar o desempenho de aprendizagem, e por alunos e profissionais para fazer seu trabalho melhor e original.

A Turnitin possui escritórios na Austrália, Índia, Indonésia, Japão, Coréia, México, Holanda, Filipinas, Ucrânia, Reino Unido e Estados Unidos. Mais de 16.000 instituições acadêmicas, editoras e empresas usam nossos serviços: Feedback Studio, Gradescope, iThenticate, Turnitin Originality, Turnitin Similarity, ExamSoft e ProctorExam.