O que a Inteligência Artificial deve transformar no mercado ainda em 2023?

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Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

O uso da Inteligência Artificial para otimizar processos é provavelmente a maior tendência do ano. Enquanto alguns discutem os limites e riscos envolvidos no compartilhamento de dados, uma pesquisa da Deloitte aponta que 7 em cada 10 empresas devem investir em IA ainda em 2023.

A descoberta das ferramentas de IA e suas aplicações no mundo corporativo apontam para uma grande mudança nos postos de trabalho. O Relatório Inteligência Artificial e Empregos, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que 27% dos empregos conhecidos atualmente podem ser automatizados pela IA e deixar de existir. 

Transformando as profissões e formatos de trabalho, uma pesquisa da FrontierView, encomendada pela Microsoft, aponta que a IA deve contribuir para um crescimento de 4,2% do PIB brasileiro até 2030. 

Segundo Luis Redda, Field Sales Manager da Harness, empresa de software delivery de ponta a ponta, é possível visualizar vários impactos para a IA ainda em 2023, mas sem dúvida, o principal destaque é o aumento da produtividade. “Essa ferramenta está ajudando na construção de planejamentos, documentos, resumo de textos e até mesmo em demandas mais complexas, como gerar códigos para desenvolvedores de software”, aponta Redda. 

No entanto, o executivo da Harness destaca que 2023 está sendo um ano de “aprendizagem” para boa parte das empresas que ainda estão amadurecendo de que formas essas novas tecnologias podem ser usadas em sua operação, “mas nos próximos anos o uso da IA no trabalho vai ser um diferencial extremamente competitivo no mercado. Isso já acontece no mundo da tecnologia com mais força, onde a Inteligência Artificial já está sendo usada pelas companhias e seus desenvolvedores de software para corrigir mais rapidamente erros na geração de códigos”, destaca Luís.

De acordo com Vinicius Gallafrio, CEO da MadeinWeb, provedora de TI e transformadora digital, com a previsão de crescimento econômico para o segundo semestre, as empresas devem apostar na IA para melhorar a assertividade na previsão de vendas e com isso, gerar mais eficiência em toda a cadeia de produção e estoque. 

No entanto, os investimentos estratégicos em infraestrutura de inteligência escalável, recrutamento de talento e promoção de uma cultura de alfabetização de dados em toda a organização são etapas cruciais para a implementação bem-sucedida da IA na previsão de demanda. “A jornada certamente será repleta de obstáculos e oportunidades de aprendizado, mas as possíveis recompensas valem o esforço”, reforça o executivo.

No setor de marketing digital, a IA aplicada à prevenção de tráfego inválido pode reduzir prejuízos, de acordo com dados da Juniper Research, que devem chegar a ordem de US$ 100 bilhões globalmente em 2023. Ferramentas de machine learning, como soluções antifraude, atuam em tempo real prevenindo ações – muitas vezes criminosas – que não geram engajamento real e desperdiçam o orçamento da publicidade online. “O grande ponto é que as equipes de segurança pensam em uma estratégia macro e esquecem áreas mais vulneráveis, como é o caso do marketing. Geralmente, há um investimento grande em sistemas, firewall, autenticação em dois fatores, criptografia, detecção e prevenção de intrusões, mas a fraude nos anúncios digitais ainda não é prioridade para muitas empresas”, conta Tamirys Collis, gerente de marketing LATAM da TrafficGuard, empresa de tecnologia que atua globalmente no combate de tráfego inválido em anúncios digitais.

Outra vertente do marketing que a inteligência artificial está destinada a revolucionar é a otimização da personalização do usuário, que impulsionará a experiência do cliente para novos níveis de excelência. Segundo Victor Paschoal, Diretor de Marketing Latam da CleverTap, plataforma de retenção e engajamento de usuários, ao coletar e analisar dados em tempo real, a IA é capaz de compreender as preferências individuais, comportamentos de navegação e histórico de interações do usuário de maneira profunda e abrangente. “Com esse conhecimento, as empresas poderão criar recomendações altamente relevantes, oferecer conteúdo sob medida e fornecer comunicações personalizadas que ressoem com cada usuário de forma única”, explica o especialista. A capacidade da IA de aprender e adaptar-se continuamente permitirá que a personalização se torne mais sofisticada e precisa com o tempo, aprimorando assim o engajamento, a fidelidade e a satisfação do cliente em todas as interações.