Metaverso na iluminação: conheça três aplicações que podem transformar o setor

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Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

Enquanto sua 17ª edição presencial, marcada para acontecer entre os dias 2 e 5 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo, não chega, a Expolux, referência em iluminação na América Latina segue discutindo tendências e inovações que devem impactar o setor nos próximos anos. Desta vez, o evento consultou um especialista em digital experience para entender as possibilidades de aplicação do metaverso na indústria de iluminação.

Marcelo Rodino, que é diretor de criação e sócio da Flex Interativa, empresa que atua em inovações e experiências digitais com as realidades aumentada, virtual e mista, além de também trabalhar com inteligência artificial, apontou três possibilidades que ajudam a tangibilizar como a tecnologia pode ajudar lighting designers, projetistas e fabricantes.

  1. Simulação virtual

De acordo com o profissional, uma das possibilidades de aplicação do metaverso na iluminação é a criação de um espaço imersivo e gamificado, com acesso nos sites das empresas, para simulações de luminosidade em diferentes locais. “É disponibilizar um ambiente virtual, que simule a realidade para que a pessoa possa circular, por exemplo, por um apartamento ou uma casa e fazer o uso de iluminação inteligente, por aproximação, tocando nos controles, entendendo como elas funcionam, regulando a intensidade ou até mesmo acionando por voz, como fazemos de verdade, em tempo real”, exemplifica.

  1. Apresentação de Projetos

Outra facilidade é a utilização como uma ferramenta para apresentação dos projetos de design de interiores com sugestões de iluminação, proporcionando uma experiência diferente, que se assemelha em muitos aspectos à ambientação do local. “Os designers e lighting designers, podem receber seus clientes e apresentar suas criações tanto em termos visuais quanto em funcionalidade, por meio de avatares, possibilitando a interação e a comunicação no ambiente virtual decorado”, explica Rodino.

  1. Seleção e teste de produtos

Além da possibilidade de conferir como a iluminação ficará em determinado espaço, a tecnologia permite identificar os detalhes a serem corrigidos e os produtos que mais atendem às expectativas, permitindo antecipar a configuração final do projeto antes mesmo de ele ser concretizado em ambiente real.

“Por exemplo, através de um site, o consumidor pode acessar a simulação digital do ambiente decorado, selecionar o tipo de luz desejado, seja um spot, um abajur, um lustre, e interagir com ele, verificando como a iluminação se comporta naquele espaço. Através de recursos de computação gráfica, é possível simular a intensidade da luz, a cor, configurando a composição adequada para o ambiente. Além disso, dentro dessa sala virtual, é possível disponibilizar a compra do produto”, explica Rodino.

Crescimento do metaverso

Não apenas a mudança de nome da rede social mais conhecida, realizada em outubro do ano passado, tem impulsionado esta tecnologia. As possibilidades de inovação, com a replicação da realidade em ambiente digital, têm despertado o interesse de diferentes setores da construção civil, do planejamento à decoração e iluminação; da telefonia e até a perspectiva de experiências virtuais em parques temáticos.

Para o especialista, apesar da tecnologia estar ganhando espaço aos poucos, é um movimento que deverá estar cada vez mais presente na rotina. “Quando falamos de todo mundo se comunicar através de avatares não é algo prático de acontecer, mas é uma tendência. Por exemplo, ao invés de você fazer a apresentação dos projetos por um meeting, projetando um Power Point, ou um ambiente em 3D na tela, o profissional pode receber o cliente virtualmente e mostrar o design da peça e sua funcionalidade. É um caminho que acredito ser muito natural”, finaliza.

O espaço virtual e compartilhado é a aposta das grandes empresas de diversos setores da economia para os próximos anos. A Flex Interativa, por exemplo, registrou crescimento de 750% nas buscas pela tecnologia no quadrimestre de novembro de 2021 a fevereiro deste ano.

A Expolux 2022 terá espaço para debates sobre avanços e disrupções no setor. Além, claro, de lançamentos e de atrações como o Decor Prime Show Gallery, expondo criações como em uma galeria de arte, e a Cidade do Futuro, com soluções focadas em iluminação pública.