Inteligência artificial mudará forma de bancos se relacionarem com clientes

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

O Brasil conta com centenas de bancos e instituições financeiras desde os mais tradicionais até as novas fintechs. Com a digitalização do relacionamento com o cliente, os bancos tiveram que se adaptar e criar formas de melhorar a experiência do usuário para que ele não migre de banco. Nessa tarefa, a tecnologia e a inteligência artificial são importantes aliados.

Com tantas opções no mercado, como é que uma instituição pode se destacar da outra? O diretor financeiro do Popibank, Marcelo Pereira, diz que isso está cada vez mais difícil. “Todos devem seguir as mesmas regras e com tantos concorrentes a tendência é que acabem oferecendo serviços, funcionalidades, sites e aplicativos semelhantes”, avalia.

O especialista afirma que a resposta para um banco ou fintech se destacar no futuro é o uso inteligente de dados. “Os sistemas que reúnem as informações dos usuários devem ser capazes de utilizá-los de forma a oferecer serviços totalmente personalizados”, explica. “A Netflix, por exemplo, utiliza os dados de navegação para mostrar conteúdos que são mais atraentes para cada tipo de pessoa, é nesse sentido que os bancos devem seguir”, completa.


Diferenciação entre bancos vai depender de como cada
um vai utilizar a tecnologia a favor dos clientes (Depositphotos)

Segundo Pereira, num futuro próximo os bancos serão capazes de perceber alterações no orçamento para oferecer as opções de investimento que vão além do já usual filtro por investidor moderado, conservador ou agressivo. “Com o histórico financeiro de uma pessoa, os sistemas devem detectar mudanças de gastos e oferecer opções de investimentos para aquele dinheiro economizado”, exemplifica.

O diretor financeiro conta que, tal como já acontece nas redes sociais, que exibem propagandas de acordo com o perfil de cada usuário, deverá acontecer algo semelhante com as instituições financeiras. “As pessoas não vão escolher um banco por ter o app mais bonito ou mais fácil de utilizar, até porque a grande maioria é bem parecida. Elas vão optar por aquele que souber e atender exatamente o que ela está buscando”, pontua o diretor financeiro do Popibank.

O Banco Central já vem estimulando esse uso inteligente de dados com o Open Banking, que permite, com o consentimento do usuário, que suas informações bancárias sejam compartilhadas entre duas instituições para que ele tenha acesso mais rápido a melhores serviços e condições. “Mas isso é apenas o início, a inteligência artificial é capaz de entregar ainda mais conforto para as pessoas e quem souber utilizá-la de forma segura e eficaz terá vantagem na disputa com os concorrentes”, conclui o especialista.