Impressora 3D: a tecnologia em prol do meio ambiente 

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Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

As impressoras 3D desempenham um papel significativo na redução do desperdício de materiais na fabricação de produtos, devido à sua capacidade de confeccionar objetos, camada por camada, em vez de usar processos de produção tradicionais que, normalmente, são subtrativos. Além disso, possibilitam a reciclagem de plásticos, em geral, como as garrafas PETs, por meio de vários métodos de reaproveitamento de restos de impressão 3D, cada um com suas próprias técnicas e processos, por exemplo, moagem e filtração, extrusão e filamentação e reciclagem química.   

O uso de impressoras 3D tem contribuído para reduzir a poluição que se acumula desde a Revolução Industrial – a transição da produção manual para a mecanizada em larga escala -, porém teve como resultado o surgimento das fábricas, sem regulamentações ambientais, e a consequente degradação do ar e da água. Atualmente, esses processos de reciclagem, por meio da impressora 3D, ajudam a preservar o meio ambiente, pois colaboram para controlar o desperdício, promover a conservação de recursos e diminuir a emissão de carbono. Ou seja, o equipamento não libera gases tóxicos na atmosfera e ainda reaproveita os resíduos.   

O docente da área de Tecnologia e Gestão do Senac de Betim Evandro Ornelas explica que as impressoras utilizam filamentos – materiais em forma de fio usados como matéria-prima para a impressão, geralmente o PLA (ácido poliláctico), que é um plástico biodegradável à base de vegetais. “Eles são considerados opções sustentáveis na impressão 3D. Ao contrário do plástico convencional, que demora centenas de anos para se decompor completamente, o PLA leva, no máximo, dois anos para concluir esse processo, sem prejudicar o meio ambiente.”  

A impressora 3D também é importante ferramenta para minimizar a quantidade de plásticos descartados no meio ambiente. Ao utilizar esses filamentos reciclados, promove a implementação de uma economia circular, em que os materiais são reaproveitados e reintroduzidos na cadeia produtiva. Isso reduz a dependência de matérias-primas virgens, contribui para a sustentabilidade ambiental e apoia a indústria da reciclagem de plásticos.  

O desafio, na avaliação do docente, é ampliar o uso da impressora 3D, que é muito restrito no momento. “Embora os custos para adquirir uma impressora já se encontrem bem mais amigáveis, ainda é um investimento significativo para as pessoas de modo geral. E, mais que isso, exige um aprendizado para poder usufruir de todas as potencialidades do equipamento. No caso das empresas, não são todos os processos de produção que a impressora 3D, atualmente, consegue resolver com custos competitivos ou escala de produção equivalente ao modelo tradicional de fabricação”, analisa Ornelas.   

Assim, trata-se de uma tecnologia que está se desenvolvendo e ganhando espaço, em uma área de pesquisa em constante evolução. Várias tecnologias estão sendo desenvolvidas para melhorar sua eficiência. No fim, as impressoras 3D têm o potencial de revolucionar a produção de peças de reposição, oferecendo uma solução mais sustentável, ao reduzir a necessidade de descartar produtos inteiros e ajudar na redução da dependência de estoques. 

Senac em Betim 

O Senac chegou ao município de Betim em 2012, inicialmente em função de uma parceria com a prefeitura. O Centro de Educação Profissional da cidade atende não somente os moradores locais, mas, também, aqueles que residem em Bonfim, Brumadinho, Florestal, Igarapé, Juatuba, Mário Campos, Mateus Leme, Moeda, Rio Manso e São Joaquim de Bicas. 

Devido à demanda da região, a oferta de cursos passou a ser direcionada ao público que busca oportunidades no mercado de trabalho nas áreas de Gestão, Comércio e Informática. No Senac em Betim eles encontram cursos livres, de Aprendizagem Comercial, Técnico em Administração, Técnico em Informática e MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e Inovação e Competitividade. 

No total, o Senac Betim conta com nove ambientes pedagógicos – sete salas convencionais e dois laboratórios de informática. Além dos cursos, promove eventos externos e atividades extracurriculares de acordo com as demandas dos programas ofertados.