Educação inclusiva: como a tecnologia torna a sala de aula mais acessível

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Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

Mesmo que seja um direito constitucional, adotar um plano de ensino que tenha, na prática, um método inclusivo,  ainda  é um um grande entrave do setor educacional do país. Ao longo dos anos, avanços legais e adoção de políticas públicas trouxeram progressos, mas a temática ainda apresenta lacunas na trajetória. 

De acordo com o IBGE, 6,7% da população brasileira têm algum tipo de deficiência. Em paralelo, os dados do último  Censo Escolar, de 2010, mostram que quase 35% desta população está fora da escola.

Do diagnóstico singular de cada escola à execução, o ensino inclusivo enfrenta os desafios que a maioria das escolas pratica: o ensino tradicional, que em grande parte, não aplica a tecnologia de forma efetiva e  coloca o aluno em segundo plano.

Além disso, as atividades são realizadas apenas para uma “parcela” da sala de aula. Isso faz com que o educador tenha que adaptar cada processo ou cada aula para os diferentes alunos.

Para o CEO da Sejunta, startup educacional que oferece projetos de integração digital às instituições de ensino por meio de tecnologias Apple, mesmo que o Brasil seja referência no quesito educação inclusiva, o tema ainda é, muitas vezes, tratado como ensino especial. “A educação inclusiva é a integração dos processos de ensino e aprendizagem que rompe a exclusão de todas as minorias do país. Podemos chamar de ensino inclusivo aquele que promove, na prática, a inclusão do aluno, sobretudo estudantes com deficiência, em todas as atividades desenvolvidas em sala de aula”.

Tecnologia e Acessibilidade

Desde a base, a educação inclusiva envolve a disponibilidade ferramentas que se tornem recursos de uma equidade mais real. Avaliar de forma personalizada e entender a especificidade de cada aluno engloba os princípios de uma sala de aula que seja acessível a todos. “As crianças têm que ser incluídas em todo o contexto da história. Além de criar espaço para o debate, as escolas precisam de fácil acessibilidade, já que a tecnologia pode tornar a sala de aula mais inclusiva”.

Um diálogo constante entre responsáveis, tutores, escola e educador definem as melhores práticas. Educação inclusiva envolve as pessoas do processo, que podem definir estratégias e corrigir rotas. 

Para o CEO da Sejunta, quando executada de maneira correta, a tecnologia torna a ideia de “sala de aula acessível” mais efetiva. Os recursos tecnológicos podem romper as barreiras do ensino. “A tecnologia possibilita aos alunos que possuem algum tipo de deficiência o alcance de tarefas  que, sem o suporte, não conseguiriam. Mais do que causar equidade, a tecnologia permite que o aluno realize o que sempre quis”.

A visão de que a educação inclusiva é algo alcançável pode ser percebida com a adoção de algumas ferramentas. Abaixo, Guilherme Camargo cita alguns itens essenciais que a tecnologia pode atuar na inclusão. 

  • Visão

O recurso mais utilizado pelos deficientes visuais é o VoiceOver, que lê em voz alta o conteúdo da tela. No iPad, é possível dar zoom em textos e imagens, destacar palavras e, até mesmo, mudar o padrão de cores, propiciando uma educação inclusiva também para alunos daltónicos.

  • Audição

O iPad consegue conectar aparelhos auditivos com conexão sem fio. Dessa forma, pode ser usado para amplificar o som das aulas presenciais ou o áudio de gravações e vídeos. Além disso, o dispositivo pode exibir legendas e sinalizações visuais para chamar a atenção do aluno.

  • Mobilidade

É possível personalizar a sensibilidade da tela, explorar comandos por voz e conectar acessórios que auxiliem o estudante a controlar o iPad.

  • Cognição

Os dispositivos Apple oferecem recursos que podem ser úteis para pessoas com déficit de atenção, por exemplo. É possível personalizar atalhos, usar assistente por voz e fixar um app específico controlado pelo professor. Além disso, a App Store possui aplicativos educacionais voltados a dificuldades cognitivas, como a dislexia.

O uso da tecnologia torna os alunos protagonistas do próprio aprendizado, de forma que conduzam o conhecimento às próprias necessidades. “As tecnologias são parte fundamental da equação de uma escola inclusiva. Fazer com que a implementação dos dispositivos e recursos sejam mais facilitados ajuda o processo de ensino e torna o ambiente escolar mais preparado”, finaliza o CEO. 

Sobre a Sejunta