Confira 10 tendências tecnológicas para 2021

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Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

2020 foi um ano em que a transformação digital foi acelerada nas empresas. Em 2021, que ainda promete muita resiliência e adaptação, a tecnologia será novamente aliada fundamental das organizações. Por isso, a Bain & Company se reuniu com um grupo de mais de 100 empresas de tecnologia e startups para monitorar as tendências mais importantes e selecionou as 10 principais que já estão causando impacto em diversos setores. São elas: 

1 – Edge AI 

Considerada a próxima onda de inteligência artificial, “edge AI” ou “AI on the edge” é uma infraestrutura de rede que possibilita que algoritmos de inteligência artificial sejam executados na extremidade de uma rede, ou seja, mais perto ou até mesmo nos dispositivos que coletam os dados . As mudanças repentinas no tráfego de rede que acompanharam os bloqueios da Covid-19 e a necessidade de trabalhar em casa provavelmente aceleraram o movimento já em andamento em direção à computação de borda.

Os benefícios desta tendência incluem a preservação da largura de banda e o aumento da eficiência ao processar as informações mais perto dos usuários e dispositivos ao invés de enviar esses dados para processamento em locais centrais na nuvem. Ao incorporar IA localmente, os fabricantes podem reduzir os problemas de latência e acelerar a geração de insights, enquanto diminuem o uso e o custo dos serviços em nuvem. 

O custo da conectividade também cai, pois o processamento de parte dos dados localmente reduz a largura de banda e o uso de dados do celular. E como a inteligência está sendo executada localmente, as fábricas localizadas em áreas remotas com infraestrutura de comunicação deficiente estão menos sujeitas a perdas de conectividade que podem impedir a tomada de decisões de missão crítica e urgente.

2 – Fábricas com 5G

De acordo com uma pesquisa da IHS Markit, o Fórum Econômico Mundial espera que a rede móvel de quinta geração (5G) alcance uma produção econômica global de US$13,2 trilhões e gere 22,3 milhões de empregos até 2035. Ao abrir novas possibilidades tecnológicas, é esperado um grande e rápido avanço na Indústria 4.0 e na Internet das Coisas industrial.

Capaz de atender aos requisitos de energia de milhões de conexões para aplicativos de dados intensivos, a previsão é que o 5G impulsione a indústria de manufatura com novos e mais poderosos recursos digitais. Até 100 vezes mais rápido que o 4G, o 5G oferece latência drasticamente reduzida, o que torna possível compartilhar dados com extrema rapidez, eliminar atrasos de processamento e garantir que os sistemas de fábrica possam reagir em tempo real. A confiabilidade da conectividade 5G garante uma conexão de rede estável e constante em qualquer lugar e a qualquer momento no chão de fábrica, garantindo a execução contínua e desimpedida de missões críticas de negócios. O 5G poderá até mesmo inaugurar uma era de comunicação entre máquinas.

3 – Seguro Sob Medida

O mercado de seguro baseado em uso (UBI) está projetado para chegar a US$126 bilhões até 2027. Para o Gartner, isso deve se conectar com o desenvolvimento da chamada “telemática”, que é o uso de dispositivos sem fio e tecnologias de ‘caixa preta’ para transmitir dados em tempo real de volta para uma organização. 

Com 3,8 bilhões de usuários de smartphones esperados até 2021, a telemática móvel leva o UBI um passo adiante, permitindo que as seguradoras usem sensores e tecnologias de rastreamento incorporadas em smartphones para coletar dados em tempo real e entender melhor os hábitos de direção de seus clientes. Em última análise, isso dará às seguradoras a oportunidade de oferecer programas de seguro baseados em comportamento mais competitivos e inovadores, ao mesmo tempo em que promove a segurança do motorista.

4 – Inteligência Artificial para todos

Bancos e seguradoras esperam um aumento de 86% nos investimentos em IA até 2025, de acordo com The Economist Intelligence Unit. Para que as empresas explorem todo o potencial da IA, os funcionários com pouca ou nenhuma formação em ciência da computação precisam ser capazes de usá-la para aumentar seu desempenho operacional. 

Por esse motivo, surgem mais plataformas de IA de fácil entendimento para o usuário, que permite que os funcionários criem modelos rapidamente, compreendam e confiem em seus resultados com facilidade e tomem decisões com segurança. Este processo é essencial na implantação de IA em maior escala.

5 – Cibersegurança

Segundo a Interpol, a crise da Covid-19 criou uma oportunidade sem precedentes para os cibercriminosos aumentarem seus ataques. No entanto, a maioria das empresas superestimam seu desempenho de segurança cibernética, com apenas 24% realmente atingindo o padrão, de acordo com um estudo da Bain. Identificar pontos fracos comuns de segurança de TI e desenvolver maturidade em segurança cibernética é fundamental para construir organizações digitais verdadeiramente resilientes.

6 – Otimização de pessoal

O absenteísmo custa às empresas globalmente centenas de bilhões de dólares por ano. O varejo é particularmente dependente de interações presenciais entre clientes e funcionários da loja, algo que a Covid-19 tornou especialmente desafiador. Cerca de 88% dos varejistas globais preferem trabalhar com força de trabalho extra do que correr o risco de ficar com falta de pessoal, uma abordagem que leva a altos custos de mão de obra e lucros menores. As tecnologias de gerenciamento da força de trabalho, no entanto, podem ajudar os varejistas a aumentar substancialmente a agilidade da força de trabalho, respondendo rapidamente aos picos de atividade e absenteísmo dos funcionários, melhorando o desempenho operacional e a lucratividade.

7 – Dados de saúde

Espera-se que o mercado de big data da saúde alcance quase US$70 bilhões em 2025, quase seis vezes o valor de 2016, de US$ 11,5 bilhões. A rápida aceleração da coleta de dados de saúde oferece ao setor uma oportunidade sem precedentes de alavancar e implantar recursos digitais inovadores, como a IA, para melhorar o tratamento. O uso inteligente de dados de saúde tem o potencial de melhorar drasticamente o atendimento ao paciente.

8 – RH de próxima geração

Em 2025, os millenials serão responsáveis por 3/4 da força de trabalho global. À medida que as organizações trabalham cada vez mais com um grupo de candidatos nativos digitais, elas devem modernizar o recrutamento. Usar a tecnologia para desenvolver um processo de contratação inovador pode melhorar o desempenho das equipes de RH e permitir a identificação mais rápida dos candidatos mais promissores, ao mesmo tempo que atende às expectativas de uma nova geração de talentos.

9 – Economia circular

A mudança de relações transacionais baseadas na venda de produtos para um modelo de produção e consumo que envolve compartilhamento, aluguel, reutilização e reciclagem de materiais e produtos existentes está ganhando força conforme as preferências dos consumidores e acionistas mudam em direção à sustentabilidade. 

As organizações estão sob pressão crescente para reduzir os recursos naturais consumidos na produção de produtos e serviços. Nas palavras de Jim Sullivan, chefe do Global Sustainability Innovation Accelerator da SAP, a tecnologia tem o potencial de ajudar a humanidade a administrar melhor a biosfera e dar início à existência de uma economia circular verdadeiramente inclusiva.

10 – Zero desperdício

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, mais de 30% dos alimentos do mundo são perdidos ou desperdiçados todos os anos. Usar a tecnologia para reduzir o desperdício pode reduzir significativamente os alimentos descartados por varejistas e empresas, aumentar a segurança alimentar e aliviar o sofrimento de centenas de milhões de pessoas que passam fome – estimado em aproximadamente 821 milhões de pessoas em 2019.