Buser anuncia ações para mapear “apagão rodoviário” em Minas Gerais

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

A Buser, plataforma que conecta viajantes a empresas de fretamento colaborativo para viagens rodoviárias, está trabalhando em uma série de ações no estado de Minas Gerais para democratizar o acesso ao transporte rodoviário intermunicipal.

As iniciativas vão começar com um mapeamento para identificar as principais cidades e trechos do estado que não possuem conexão intermunicipal por nenhum tipo de modal coletivo. Esse será o ponto de partida para a empresa reforçar o plano de expansão focado em promover a inclusão rodoviária dos mineiros por meio do transporte colaborativo – modalidade na qual os viajantes dividem a conta final do frete e conseguem preços até 60% mais baratos do que nos ônibus das rodoviárias.

Com base em dados da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (SEINFRA-MG) obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, a Buser aponta que há um grande número de municípios sem oferta de transporte rodoviário para se conectarem entre si ou com outras cidades maiores. O levantamento junto ao SEINFRA-MG aponta que cerca de 30% dos municípios mineiros sequer contam com rotas de serviços regulares com origem e destino em suas rodoviárias. Os dados mostram ainda que 37% dos municípios atendidos pelo sistema regular têm demanda diária de até 46 passageiros por dia, quantidade suficiente, até o momento, para ser atendida por apenas um ônibus rodoviário convencional – o que pode indicar uma certa demanda reprimida no sistema, sendo a questão do preço um impeditivo para se viajar mais.

“Promover serviços de transporte melhores e a preços mais acessíveis para a população é a nossa missão. É a verdadeira inclusão que buscamos”, afirma Marcelo Abritta, fundador e CEO da Buser.

Em três anos de operação, com foco em segurança e preço justo, a Buser vem crescendo rapidamente. Já são mais de 3 milhões de usuários cadastrados na plataforma. E mais de 2 milhões de viagens realizadas.

A iniciativa da Buser para reduzir o “apagão rodoviário” só é possível por causa da evolução da regulação do setor em Minas. Em janeiro deste ano, o Governo do Estado de MG publicou um decreto (nº 48.121) que retirou entraves e abriu caminho para que as empresas de fretamento colaborativo de viagens rodoviárias pudessem atuar livremente no estado, possibilitando maior concorrência ao setor e, consequentemente, mais opções aos viajantes.

O decreto acaba com a obrigatoriedade da realização do chamado “circuito fechado”, artifício que: a) obrigava essas empresas a realizar viagens de ida e volta sempre com o mesmo grupo de passageiros; b) exigia que as listas de passageiros fossem divulgadas para os órgãos de fiscalização com muita antecedência.