Agro: tecnologias garantem redução de custo para setor

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Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

        O agronegócio é um dos setores que mais cresce no país, sendo visto como uma das grandes potências nacionais e responsável por cerca de 20% do PIB brasileiro. No entanto, isso não impede que os gestores e produtores agrícolas enfrentem desafios diários para manter seus negócios lucrativos, ainda mais considerando a quantidade de fatores capazes de interferir na produtividade. 

       “Por conta da sua importância nacional e internacional, o mercado agrícola é muito competitivo e exige alta produtividade. Nesse cenário, vemos cada vez mais apostas tecnológicas buscando soluções para esses desafios que assolam o dia a dia no campo”, comenta Bernardo de Castro, presidente da divisão de Agricultura da Hexagon, empresa que desenvolve e fornece tecnologias agrícolas.

        Já o engenheiro Rafael Vetturazzi, integrante da equipe técnica da ESSS, multinacional brasileira focada em simulação computacional, explica que “entramos em uma era em que as ferramentas tecnológicas deixam de ser apenas um instrumento de bem-estar para a sociedade e passam a representar um fundamento para o crescimento populacional projetado nas próximas décadas. A compra de uma hortaliça plantada no subterrâneo, semeada, regada e colhida por robôs, com absorção de clorofila através de LEDs ativados em frequências exclusivas para fotossíntese não será surpreendente nos próximos anos”. 

        Para os especialistas, as inovações funcionam como aliadas, convertendo dados em informações inteligentes para aumentar os lucros por meio de planejamento otimizado, execução eficiente, controles de máquina precisos e fluxos de trabalho automatizados. 

Softwares garantem planejamento assertivo 

      Assim como acontece em qualquer negócio, nas produções agrícolas o planejamento é uma das principais ferramentas para a tomada de decisões assertivas. Nesse sentido, hoje, o mercado já conta com tecnologias capazes de fazer diagnósticos e planejamentos confiáveis a serem seguidos, apontando inclusive quais serão as máquinas, a mão-de-obra e os insumos necessários para a execução ideal de cada operação e período do ano.

       A solução HxGN AgrOn Planejamento de Operações, desenvolvida pela Hexagon, por exemplo, conta com um modelo de otimização que utiliza um algoritmo de programação linear para simular cenários e apontar aquele que representa o melhor custo x benefício. “Por conta da quantidade de variáveis e problemas envolvidos, em geral, as alternativas disponíveis e as combinações possíveis são muito complexas para que o gestor tome uma decisão sem o auxílio de uma ferramenta específica. Com este software, a assertividade das ações é garantida”, reforça Bernardo de Castro.

       Levando em consideração variantes coletadas a partir de sensores e informações inseridas no sistema, a ferramenta demonstra como alocar os recursos existentes para a execução das operações com o máximo de aproveitamento possível. Além da maior produtividade, a funcionalidade promove economia através da redução do desperdício de mão-de-obra e de combustíveis de máquinas.

Simulação computacional gera economia

“O que vai decidir a corrida da inovação são as inovações eletrônicas, as melhorias evolutivas de segurança (ROPS), a eficiência dos componentes, além da regulamentação sobre a emissão de poluentes”, define Daniel Boniati, engenheiro da ESSS, que tem desenvolvido soluções para o setor dentro e fora do Brasil. 

       Equipamentos autônomos têm capacidade de seguir rotas predefinidas para plantio e colheita com trabalho ininterrupto. Drones sobrevoam os campos e avaliam a saúde das culturas e as condições do solo. Sensores monitoram a quantidade de água e nutrientes no solo, ativando a irrigação e aplicações de fertilizantes. O segmento de robótica agrícola cresce de forma rápida, enquanto plataformas virtuais coletam dados das plantações. Estatísticas armazenadas e processadas em nuvem cruzam informações de produtividade, consumo de insumos, histórico de temperatura e níveis de chuva para efetuar recomendações ao agricultor em tempo real.

         Todo esse contexto de equipamentos interconectados e coexistentes necessita de um bom funcionamento individual, resultando em economias significativas. Cada peça desse sistema complexo deve apresentar capacidade de execução plena e precisa. Nesse aspecto, a tecnologia é obrigatória no projeto e desenvolvimento de componentes. Com o auxílio de ferramentas de simulação computacional, é possível calcular estruturas para atender a demanda de trabalho ininterrupta, projetar o escoamento de partículas para uma semeadura precisa, reconhecer o perfil aerodinâmico para uma perfeita estabilização de drones e avaliar a recepção do sinal GPS em sistemas de controle.