2020 já é o melhor ano histórico para o e-commerce nacional

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Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

O Brasil é o país que mais fatura com o e-commerce na América Latina, de acordo com dados da Ebit/Nielsen. Cada vez mais, os brasileiros vão comprar online , de forma recorrente, e em mais categorias de produtos. Em 2019, 5,3 milhões de brasileiros fizeram sua primeira compra pela internet, de acordo com a Webshoppers. O varejo online nacional, faturou R$ 26,4 bilhões apenas no 1º semestre do ano passado. 

No entanto, 2020 vem se mostrando o ano mais promissor, até agora, para os comércios eletrônicos: um crescimento da ordem de 300% na criação de novas lojas virtuais foi registrado, antes mesmo do final do primeiro semestre. Atualmente, a pandemia causada pela COVID-19 acentuou a necessidade de realizar compras remotamente. No período entre 3 de março e 6 de abril, um relatório Ebit/Nielsen mostra um aumento de 18,5% nas compras por e-commerce em relação à semana anterior.

Este incremento vem sendo percebido inclusive em categorias que o consumidor ainda demonstrava preferência pela compra presencial. A ida aos estabelecimentos da vizinhança, ou aquela compra à caminho de casa, entre um compromisso e outro, deram lugar aos pedidos online.

Supermercado e farmácia a um clique de distância 

Quem não compra pela internet, se tornou a exceção. 85% dos brasileiros com smartphone, compram de sites regularmente, de acordo com informações da Mobile Time e Opinion Box.   

Durante a quarentena brasileira, os pedidos de supermercado online quase triplicaram na segunda quinzena de março, com um incremento de 270,3% em relação a primeira quinzena do mês, de acordo com uma pesquisa realizada pela ABCOMM. O comportamento, no entanto, não é novo. Se trata, na verdade, de uma tendência comportamental que foi acentuada pela necessidade de isolamento. 

A escolha dos vegetais da feira semanal, da carne do jantar e até mesmo o estoque mensal de alimentos não perecíveis e a ração do pet, ou ainda aqueles itens indispensáveis da farmacinha, aos poucos já vinham migrando para a compra pela web.  As categorias de Petshop e Alimentos e Bebidas foram as que mais faturaram no e-commerce no primeiro semestre de 2019, segundo dados da Webshopper. 

 “Tivemos um crescimento de 27x nas vendas online. O ticket médio de uma venda online é pelo menos o dobro da venda presencial, já que o cliente tem calma para fazer a compra e pode ver todos os produtos que a loja possui. Além disso, a recorrencia de compra aumenta em até 4x, pois a comodidade que a loja oferece pelo canal online facilita a ‘ida’ do cliente ao mercado”, comenta Luiggi Senna, co-fundador da Convem Store

O consumidor já acostumou a comprar em multicanal

Se engana quem pensa que ao final da pandemia o comércio exclusivamente offline vai voltar aos patamares que possuía antes desta crise global. O consumidor aprendeu um novo jeito de realizar suas compras cotidianas. Ainda mais, quando a rotina se normalizar ele vai desejar poupar tempo e deslocamento. 

O chamado comportamento “Omnichannel”, que remete ao hábito de pesquisar e comprar de forma integrada, entre o varejo físico e virtual, já se tornou o padrão. Os estabelecimentos que não estiverem prontos para atender o seu cliente em seus diferentes momento da jornada de compras perderá cada vez mais espaço no mercado. 

Em 2019, 56% dos consumidores decidiram comprar um produto por encontrar a opção de compra multicanal. Na faixa que vai de 18 a 34 anos, esse número aumenta para 61%. 7 em cada 10 consumidores no mundo já desistiram de comprar em lojas físicas devido à espera em filas, segundo a Adyen.

“Realmente quando a loja abre o canal online, atrai muitos clientes novos que não tinham o costume de ir naquela loja específica. É uma oportunidade de expandir e fidelizar a base de clientes”, complementa o co-fundador da Convem Store. 

Não basta ter uma loja virtual

Para se inserir no universo das vendas online, não basta construir uma loja virtual e esperar que as vendas cheguem instantâneamente. O conjunto de esforços para o sucesso da estratégia online inclui otimização de busca pelo estabelecimento na internet, marketing digital, presença em redes sociais feita de forma profissional. Tudo para chegar até o consumidor de forma relevante para construir credibilidade e conquistar espaço em sua memória. 

Com o planejamento e execução corretos, o e commerce de um mercadinho de bairro pode significar um incremento de mais de R$250 mil no faturamento mensal do estabelecimento.