por Teo Scalloni | jan 4, 2021 |
Em janeiro, os prefeitos eleitos assumirão seus cargos. Passada a euforia das campanhas, será hora de colocar a mão na massa e trabalhar para cumprir as promessas. Entre elas, certamente está a continuidade a obras abandonadas por governos anteriores.
Estima-se que existam cerca de 14 mil obras paralisadas no Brasil. O problema é tão crônico que quase 40% das empresas do setor de construção afirmam ter grandes obras de infraestrutura – como pontes, viadutos e túneis – paradas. E a maioria há mais de um ano. A melhor forma de sanar esse problema é por meio da tecnologia, e o Big Data, demonstra ser a melhor opção.
Infelizmente, a construção civil no Brasil ainda é bastante artesanal. Existem vários profissionais diferentes – engenheiro civil, eletricista, arquiteto, mestre de obra, entre outros – e a falta de informação e comunicação entre eles acaba gerando uma série de falhas e desperdícios, tanto de tempo quanto de dinheiro. Com o Big Data, tudo isso pode ser facilmente resolvido. Com a correta coleta e análise de um grande volume de dados, é possível fazer projeções, analisar correlações, verificar padrões e até gerar insights relevantes para o bom andamento de uma obra.
Um dos maiores desafios da construção é reduzir o desperdício de materiais. Ao fazer as projeções de consumo manualmente, as perdas costumam ser grandes. Já com a adoção da tecnologia, ela pode chegar a zero, graças ao controle total das informações que auxiliam em uma melhor tomada de decisão. É possível até fazer o planejamento da obra com base nas condições meteorológicas, priorizando as etapas internas em dias de chuva, por exemplo. Com isso, a produtividade aumenta significativamente.
Outra aplicação relevante do Big Data na construção civil é na gestão da obra como um todo. Por meio dessa tecnologia, é possível gerenciar as plantas, as etapas da obra, o cronograma, o controle de materiais e gerar relatórios precisos sobre todas as fases, produzindo e distribuindo as informações relevantes a todos os profissionais envolvidos. Dessa forma, fica muito mais simples programar as próximas ações, evitando que pessoas e materiais fiquem parados.
No caso de obras públicas, a tecnologia ganha ainda um outro papel: o de ajudar a população na fiscalização. O Big Data promove muito mais transparência para as obras, permitindo que os próprios cidadãos consigam verificar se o preço dos materiais está compatível com os do mercado ou se estão superfaturados, se a obra está andando conforme o cronograma planejado e, principalmente, se ela será entregue dentro do prazo prometido. É muito mais transparência para o setor!
Para os prefeitos que irão assumir seus mandatos, contar com esse tipo de tecnologia é fundamental para dar continuidade às obras exatamente do ponto em que pararam, sendo possível analisar aspectos de melhoria ou mesmo alterações, sem gerar desperdício de tempo e muito menos de dinheiro público. Trata-se de uma ferramenta essencial para darmos um salto na gestão pública, reduzindo os impactos das trocas de governo a cada quatro anos.
O melhor é que, além de ser uma tecnologia simples de adotar, o retorno sobre o investimento é muito rápido, podendo variar entre um e seis meses. Ou seja, falta de dinheiro não pode servir de desculpas para que governos de todas as esferas – municipais, estaduais e federal – não implementem o Big Data para a gestão de suas obras. Essa é a nossa melhor oportunidade para melhorar a acessibilidade, a transparência e a gestão pública em nosso país, promovendo um salto na nossa tão deficiente infraestrutura.
Wanderson Leite é o idealizador do YES Menu. Formado em administração de empresas, ele também está à frente da Prospecta Obras, Big Data capaz de mapear obras em andamento e a iniciar em todo o país; da ProAtiva, app de treinamentos corporativos digitais; e da ASAS VR, startup que leva realidade virtual para as empresas.
Sobre a Prospecta Obras | www.prospectaobras.com.br
Prospecta Obras é uma Big Data capaz de mapear todas as obras em andamento e a iniciar em qualquer região do país. Usando um software de gestão e geolocalização, reúne todas as informações em um só lugar, de forma a serem facilmente acessadas pelos usuários, 24 horas por dia, sete dias na semana, pela nuvem, em qualquer lugar, apenas com um computador e acesso à internet. Com a ferramenta, fica mais fácil construir relações com clientes, proprietários e profissionais com obras em andamento e a iniciar. O algoritmo é capaz de mapear as quase 750 mil obras em andamento no Brasil e está expandindo por meio de franquias.
por Teo Scalloni | dez 28, 2020 |
Como todo o processo produtivo no país, a construção civil sofre um impacto direto dos efeitos da crise econômica agravada pela pandemia do coronavírus. Com isso, empresas tradicionais recorrem a serviços e suportes oferecidos pelas chamadas construtechs, startups do setor baseadas na inovação e na tecnologia, que contribuem significativamente para o estudo e execução de projetos e obras, com uso de tecnologia e um banco de informações mais precisas e ajustáveis ao novo cenário, tanto do ponto de vista do consumidor como do empreendedor imobiliário.
Para aumentar a eficiência e reduzir custos de projetos e obras, a construtech de destaque nacional Celere desenvolveu a “Budget Analitycs”, uma metodologia de geração e estruturação de dados de orçamento de obras. A solução facilita a geração de centenas de milhares de dados sobre custos e os transforma em inteligência de forma simples, rápida e precisa. Utilizando o Budget Analytics é possível reduzir até R$ 100 do custo por metro quadrado de uma obra, sem perder qualidade.
A Budget Analitycs é fruto de cinco anos de trabalho e participação em mais de 130 projetos, revela a engenheira civil Bruna Bérgamo, uma das sócias da Celere. “A experiência adquirida com eles nos fez democratizar o acesso à análise de dados. A Budget Analytics permite que projetos em qualquer formato, seja modelo 2D ou 3D, tenham este nível de análises, que não é possível através de orçamentos realizados pelas metodologias tradicionais”
A tecnologia, segundo a engenheira, torna real e viável o mapeamento de centenas de milhares de dados por trás dos projetos e abre caminhos para otimizar o produto e melhorar a margem do negócio. “Com um legado de dados criados, as construtoras e incorporadoras têm ainda mais vantagem para pensar em futuros empreendimentos”, diz.
A Huma Engenharia é uma das empresas que apostaram na tecnologia da Celere como forma de aliviar o budget, conta a gerente de engenharia Fernanda Bernardi. “Com o dashboard que eles oferecem, que eu acredito que é a cereja do bolo do trabalho, foi muito bacana. A gente pode elencar os itens da curva ABC de forma mais didática e suprimir itens não relevantesque estavam onerando o orçamento, agregar matérias melhores no produto e se encaixar no valor da obra,para conseguir um bom resultado final no empreendimento.”
Análise do mercado
O setor de construção civil concentra diversas atividades que são essenciais para o movimento da economia brasileira. O Sebrae aponta que o setor é responsável por 6,2% do PIB brasileiro, e também movimenta mais de 480 mil negócios no país. Com a pandemia, vieram à tona desafios para manter o setor na evidência do processo econômico e manter o papel social, avalia Bruna. “Apesar dos reflexos negativos em diversos setores, o fato ser classificado como um serviço essencial minimizou os impactos no mercado de construção, porém abalou o otimismo e confiança dos investimentos, que estavam fazendo o segmento aquecer no início de 2020.”
A queda da taxa de juros, diz a engenheira, fomenta o investimento fora do mercado financeiro e o acesso ao crédito com taxas mais atrativas. “Acredito que esta seja uma excelente oportunidade para as incorporadoras estudarem seus produtos e projetos. Os preços dos insumos da construção abalam consideravelmente a sintonia entre vendedores e consumidores e, além da paralização de obras e todos os seus reflexos, torna o momento bastante delicado para planejar vendas na hora de ir para o mercado”, diz a engenheira.
Bruna destaca a demanda reprimida do mercado, que apresenta estoque mais baixos nesse período da pandemia, como justificativa para o reajuste de preços. Além disso, o incentivo à exportação com a alta do dólar e também a questão de oferta e demanda “Hoje estamos com variações bem atípicas e, inclusive, até prazos de entrega bastante altos em relação ao convencional do mercado. Acredito que é uma questão peculiar do momento e que não será sustentado por um período tão longo.”
Sobre a Celere
A Celere é uma consultoria de eficiência em construção civil que funciona como um escritório de engenharia compartilhado. A startup atua em médias e grandes empresas, desde o estudo de viabilidade até a entrega da obra, auxiliando no gerenciamento e controle dos empreendimentos. Com experiência adquirida em grandes construtoras, os idealizadores da startup atuaram em mais de 90 obras, estudos e propostas e em mais de dez países. Ao longo dos trabalhos realizados, a Celere desenvolveu o Budget Analytics, uma ferramenta que proporciona a análise detalhada, rápida e precisa de todas informações contidas nos projetos, a partir do uso de tecnologias que fazem a estruturação e o tratamento de dados.
Mais informações, acesse www.celere-ce.com.br