Desde junho de 2021 os idealizadores da HopeTech vêm trabalhando em pesquisas para encontrar um modelo de negócio que consiga estabelecer uma relação sustentável entre empresas e os problemas crônicos da sociedade. O propósito da startup é resolver problemas sociais utilizando a força da iniciativa privada e o objetivo do primeiro projeto é proporcionar que pessoas em situações desfavorecidas e com dificuldade de acesso ao emprego possam contribuir na correção do déficit de mais 400 mil posições de trabalho no mercado de tecnologia.
A expansão da transformação digital e o aumento da demanda por desenvolvedores e outros profissionais da área levou o mercado brasileiro a um quadro de escassez de mão de obra que não só resulta em problemas corporativos, mas também de mercado, ao retardar os avanços tecnológicos. Por outro lado, temos mais de 12 milhões de desempregados que estão divididos em grupos e perfis diferentes, porém muitos deles capazes de seguir uma carreira promissora neste setor.
A forma que a HopeTech encontrou para viabilizar uma troca entre estes dois problemas é que traz uma nova ótica para futuros projetos de impacto social. Atentos às mudanças e alterações da nova economia, seus idealizadores levaram em considerações pesquisas que já apontam que mais de 80% das decisões de compra são influenciadas pela associação da marca com projetos que trazem retorno à sociedade. Diferente de alguns anos atrás, em que os pioneiros das frentes sociais, ecológicas e sustentáveis davam início ao que vemos hoje, o momento é de percepção real de retorno e aumento do consumo relacionado a este tema. Esta relação não significa mais apenas atos de responsabilidade, mas é também sinônimo de resultado, credibilidade, modernidade e estilo de vida. Porém deste cenário nasce mais um problema vivido pelas empresas: como realizar projetos de impacto capazes de alterar o comportamento do consumidor? Como ter orçamento para algo tão expressivo? Como direcionar equipe, estratégia e foco para uma frente tão complexa e que não temos conhecimento? Empresas de grande porte já mapearam o caminho e criaram lideranças e equipes de ESG para gerar esta conexão com o consumidor, mas as empresas de médio e pequeno porte, mesmo as que já entenderam a situação, ainda estão na busca por soluções que realmente geram resultados, uma vez que as pequenas ações no fim do ano não conseguem de fato gerar o envolvimento de imagem necessário.
O que a HopeTech fez foi ligar todas estas pontas e gerar valor para todas estes personagens em um modelo de clube de assinaturas para empresas, aliado a um projeto de capacitação e empregabilidade para pessoas desfavorecidas. Funciona assim: em uma ponta eles se conectam a projetos sociais estruturados que lhes dão acesso a pessoas que precisam de emprego. Então lhes é oferecido um programa de capacitação gratuita com bootcamps de tecnologia de qualidade, cursos de inteligência emocional e habilidades humanas, apoio psicológico, mentorias técnicas, experiência prática dentro de empresas do setor, além de conectá-los ao mercado e dar acesso a mais de 120 cursos softskills e apoio de carreira durante o primeiro ano de emprego. Enquanto as turmas vão evoluindo nos estudos a equipe Hope transforma todo este trabalho em conteúdos de qualidade com objetivo de fomentar a inclusão e as ações de impacto social no mercado e entregam periodicamente um volume destes registros para que as empresas possam compartilhar em suas mídias e imprensa, assinando como financiadores oficiais das bolsas de estudo HopeTech. “Com nosso modelo todos saem ganhando, é uma troca sustentável em que os desempregados recebem uma carreira promissora capaz de mudar a história das suas famílias, as empresas compartilham de uma grande ação de impacto social sem comprometer suas equipes e orçamentos e o mercado equilibra o déficit de mão de obra no setor de tecnologia”, comenta Guilherme Naves, fundador e CEO da HopeTech.
A HopeTech está com rodada de investimento aberta ao mercado e pretende empregar mais de 4 mil brasileiros até o final de 2023 por meio do novo modelo. Contam com parcerias importantes como Sucesu Minas, IGTI, Qualifica, Instituto Ramacrisna e Assprom, que colaboram com etapas importantes para a expansão do projeto. “Nós temos também um produto que irá nos ajudar muito, pelo qual as empresas podem encomendar as capacitações. Neste formato o cliente escolhe o perfil destas pessoas, de qual comunidade deseja buscar e o número de formandos ele deseja capacitar, e nós fazemos todo o trabalho de buscar as pessoas, treinar e entregar pronto para o mercado, com tudo devidamente registrado.” conta Guilherme Naves.
A startup estuda hoje novas fontes de renda como a comercialização de NFTs que ajudará a garantir um apoio financeiro para os alunos, dando mais facilidade na aquisição de equipamentos para os estudos e segurança financeira familiar, para que possam aguardar com mais conforto os retornos naturais da carreira que estão iniciando.
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