Equipe reunida de cinco a sete dias com portas fechadas a sete chaves, celulares desligados, isolamento total do cotidiano da empresa para imersão, ambiente preparado com doces e snacks (afinal de contas, um agradinho ajuda no raciocínio). Este é o “encontro” que muitas empresas gigantes têm realizado na hora de desenvolver novos conceitos para produtos e serviços, e agora, também começa a tomar conta de pequenas e médias empresas.
Conhecida como Design Sprint, a metodologia foi desenvolvida dentro do Google e tomou conta do mundo corporativo. Devido à eficácia e aos resultados, ela faz poucos dias equivalerem ao tempo do processo criativo de semanas, seja para desenvolver um novo produto ou serviço, bem como na revisão e aprimoramento de um MVP (Produto Mínimo Viável), upgrades e melhorias de ferramentas e transformação da rotina por meio da inserção de mais tecnologia.
André Regazzo, MBA em Gestão, Empreendedorismo e Desenvolvimento de Negócios e também XBA – Xponential Business Administration, tem observado quanto valor o Design Sprint tem agregado a seus clientes, assim como a robustez e a agilidade no desenvolvimento de soluções que geram impacto no mercado. Ele é CEO do Grupo Regazzo, especialistas em desenvolvimento de sistemas, consultoria e terceirização em TI.
“Nossas empresas cresceram e descartaram muito a partir do momento que passamos a aplicar o Design Sprint e outras técnicas complementares com os nossos clientes. Começamos a ser muito mais assertivos e eficientes na entrega de soluções, o que nos trouxe muito mais visibilidade”, conta o executivo que já desenvolveu sistemas e soluções para grandes empresas no Brasil.
A Regazzo explica que já realizou o Design Sprint para clientes de diferentes nichos, entre eles montadoras, uma empresa líder no mercado nacional de celulose e bancos de médio porte no Paraná. Todos os processos foram de um sucesso estrondoso.
Uma das chaves de sucesso da metodologia é sua condução por pessoas experientes e que entendam dos fundamentos de desenvolvimento de produtos, em especial no caso da Regazzo, de softwares e sistemas, comenta Alan Araya, CTO do Grupo Regazzo. Ele explica que “Após a metodologia ter se difundido no mercado corporativo, muitas pessoas aperfeiçoaram ou adaptaram ela para diferentes condições como: execução remota (principalmente com a pandemia), diferentes abordagens de agenda (dias dá dinâmica) e extensão dos dias de teste do produto/serviço (ao invés de apenas um como propõe a metodologia do livro)”. Adaptações e incorporações de outros conceitos do “Design Thinking” são naturais e devem ser aplicadas caso a caso, explica Alan.
Etapas do processo de Design de Produtos. “Nosso objetivo é comprimir estas etapas em alguns dias de imersão, para chegar em um conceito ou protótipo testável”, comenta Alan Araya.
A metodologia original fala em 5 dias de imersão, onde ao longo da semana o grupo participante irá realizar um processo onde existe abrangência e conversão de ideias em cada etapa, chegando a um resultado “testável” no final da imersão. O objetivo da metodologia, diferente de “antigos conceitos de MVP” é: Testar uma ideia antes de construí-la de fato, encurtando assim a etapa de feedback de um produto ou serviço proposto, possibilitando times a construir um MVP muito mais assertivo no final.
Visão dos processos de desenvolvimento de produtos x metodologia do “Design Sprint”
O Design Sprint ficou conhecido mundialmente após a publicação do livro “Sprint, o método usado pelo Google para testar e aplicar novas ideias em apenas cinco dias”, por Jake Knapp. As técnicas e conceitos utilizados baseiam-se em aplicações práticas de uma série de dinâmicas e metodologias do universo do Design Thinking, trazendo uma abordagem muito dinâmica para modelagem de soluções para problemas reais. O conceito já foi testado e aprovado em centenas de organizações ao redor do mundo e hoje já é parte integrante do arsenal de empreendedores e líderes de produto para transformar a jornada de seus clientes.
Etapas aplicadas no “Sprint” ao longo dos cinco dias originais propostos por Jake Knapp, em seu livro
Não é necessário curso ou especialização específica para aplicar a metodologia, basta reunir um time multidisciplinar capacitado, um xxx experiente liderança e “deixar rolar”, comenta André Regazzo. Com o tempo e experiência os times começam a se aperfeiçoar naturalmente. “Muitos times que executam uma Design Sprint não conseguem captar todo o valor dela, não por falta de experiência na condução em si, mas por falta de visão em Design de Produtos ou Serviços. Interpretar e canalizar o potencial do resultado das Sprints é um ponto chave do nosso serviço”, comenta Alan Araya.
Vemos muitas variantes do “Sprint” surgindo, em especial com a pandemia e distanciamento físico dos times de produto, no Grupo Regazzo estamos aplicando elas com muito êxito e extraindo valor dos cenários híbridos, construindo uma relação muito sólida de parceria com nossos clientes, comenta André Regazzo.
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