O impacto da Geração Z no mercado de trabalho vai muito além dos cargos que ocupam. A geração, nascida entre 1997 e 2010, traz consigo um conjunto de habilidades que está redefinindo as expectativas das empresas e moldando o futuro do trabalho. O Relatório de Empregabilidade 2025 da Gupy destaca as 20 principais habilidades técnicas e comportamentos mais apresentados nos processos seletivos, atualmente, por esses profissionais.
Entre as competências comportamentais, destacam-se comunicação, proatividade, trabalho em equipe, organização,comprometimento e responsabilidade. Essas qualidades refletem a capacidade de trabalhar bem em equipe, manter foco em objetivos e lidar com os desafios do ambiente corporativo. Ainda de acordo com a pesquisa, 48% dos jovens gostariam mais de receber treinamentos para o desenvolvimento de hard skills, enquanto 33% preferem focar em soft skills, mostrando um equilíbrio entre habilidades práticas e interpessoais. O levantamento também aponta que 83% da Geração Z valorizam programas de mentoria, mesmo enfrentando desafios como a falta de tempo para se dedicar a treinamentos.

Quais cargos a Gen Z (geração Z) ocupam?
A busca por ambientes inclusivos e flexíveis é um dos traços marcantes da Geração Z. Segundo Guilherme Dias, CMO da Gupy, “a Geração Z não apenas se adapta às organizações, mas também as transforma. Eles buscam um emprego que seja uma extensão de seus próprios valores, onde propósito e autenticidade estejam alinhados às práticas corporativas e que proporcionem a eles oportunidades de desenvolvimento pleno.”
Esses jovens são menos tolerantes a hierarquias rígidas, preferindo líderes que atuem como mentores. Empresas que oferecem essa abordagem têm maior chance de reter esses talentos, mantendo-os engajados e produtivos a longo prazo.
Com relação aos cargos ocupados por pessoas da geração Z, além de se destacarem em posições de entrada como Aprendiz (98,6%), Estagiário (86,5%) e Trainee (62,7%). vemos que funções como Auxiliar (48,2%), Operador (45%) e Desenvolvedor (35,6%) têm atraído jovens que buscam ambientes dinâmicos e oportunidades de inovação. Essas posições servem como trampolins para o desenvolvimento de habilidades práticas, ao mesmo tempo em que oferecem experiências valiosas para o crescimento profissional.
Preparando-se para o futuro
“Com a Geração Z, estamos testemunhando uma mudança profunda no mercado de trabalho, impulsionada por valores como autenticidade, flexibilidade e propósito. Essa geração exige mais do que salários competitivos: eles buscam empregadores que priorizem o impacto social, a inclusão e a sustentabilidade, além de oferecerem suporte para saúde mental e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal”, afirma Guilherme Dias, cofundador da Gupy e especialista em mercado de trabalho.
Dias destaca que os desafios impostos por essa geração também são uma oportunidade para empresas repensarem seus modelos de gestão. “É preciso ir além das práticas tradicionais e criar ambientes que promovam a inovação, a transparência e a conexão genuína com os colaboradores. Empresas que conseguirem atender a essas demandas não apenas atrairão os melhores talentos, como também construirão marcas empregadoras mais fortes e resilientes.”
Sendo assim, a Geração Z desafia empresas a serem mais do que empregadores: elas precisam ser parceiras no desenvolvimento de carreiras significativas. Ao valorizar lideranças horizontais e relações menos hierárquicas, essa geração está redefinindo a forma como trabalhamos e colaboramos, deixando claro que o futuro pertence às organizações que colocarem o propósito e as pessoas no centro de suas estratégias.
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