O Metaverso, um ambiente virtual compartilhado capaz de reproduzir experiências da vida real, é um dos temas mais comentados na mídia e nas redes sociais. O interesse por essa nova forma de realidade virtual aumentou a partir de outubro do ano passado, quando Mark Zuckerberg anunciou que sua empresa Facebook passaria a se chamar Meta.
Enquanto fora do Brasil o Metaverso já está sendo explorado por marcas como Adidas, Gucci e Nike, por aqui, segundo o CEO da TRIO, Hub global de criação e projetos audiovisuais, Caíto Cyrillo, muitas empresas ainda ainda não sabem como utilizá-lo e nem se essa tecnologia acarretará em benefício financeiro.
Segundo relatório do Citigroup, o Metaverso deve movimentar US$ 13 trilhões até 2030 e terá cerca de 5 bilhões de usuários ativos. A Bloomberg Intelligence estima que esse mercado chegará a US$ 800 bilhões (R$ 4,5 trilhões) em 2024, puxado principalmente pelos games e eventos realizados nesse novo ambiente virtual.
Os dados são convidativos e os números revelam que a tendência vem para ficar. Para as empresas que desejam entrar neste mundo, o momento é agora. Pensando nisso, Caíto Cyrillo elaborou quatro dicas para as marcas começarem a dar os primeiros passos em direção ao Metaverso.
- Aposte em quem saiu na frente
Como sugestão de entrada para o Metaverso, apostar nas plataformas que estão despontando, como Decentraland, Sandbox e Roblox, é uma boa opção para começar a vislumbrar a comunicação dos produtos da marca. Depois disso, começar com a promoção de experiências virtuais/físicas diferenciadas ao cliente via NFT. É possível, ainda, fazer ações de branded content dentro de algum evento que já tenha uma comunidade/audiência. Um exemplo disso foi o show virtual da cantora Ariana Grande no jogo Fortnite em 2021. Isso são apenas algumas das formas de como a marca pode estar presente na tecnologia e se fortalecer frente a um público segmentado.
- Pioneirismo como marca
É necessário ser estratégico e pensar na valorização da marca. Junto do Metaverso os NFTs são a bola da vez. Com eles, é possível criar personagens, comercializá-los e ganhar criptomoedas que são convertidas em dinheiro real. Estar em uma plataforma considerada um novo plano do mundo digital não só associa a marca ao pioneirismo como a coloca ao lado de companhias que ditam tendências e já monetizam muito dinheiro, como Fortnite, nos games, Gucci e Nike, no vestuário, Itaú, na área financeira, e Tesla, na indústria automobilística.
- Hora de investir
Investir em terrenos, só que virtuais. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio do já mencionado Decentraland. Em novembro do ano passado, um terreno dentro desse projeto foi vendido por R$13 milhões. Para os investidores mais agressivos, pensar em já comprar seu terreno para ter o seu HQ no Metaverso talvez seja uma opção em conta, se comparada ao mundo real. Há também opções de revenda desses terrenos, aluguel, realização de eventos, desenvolvimento de jogos e anúncios. Uma dica mais “conservadora” é pensar como o seu produto poderia ser consumido, atualmente, no Metaverso. Grandes marcas já estão começando a ter lucros gigantes criando roupas para avatares e vendendo NFTs.
- Fuja da desvalorização
É comum alguns empresários me perguntarem se quem fica de fora do Metaverso pode estar se desvalorizando no mercado. A resposta é simples: não estar presente no ambiente que dita que o ciclo de vida das grandes empresas gira em torno de 12 anos, cada dia que a sua marca demorar pra entrar, poderá “morrer” antes. Quem ficasse de fora da internet nos anos 2000 teria se desvalorizado? Vale a reflexão.
A busca por fazer parte do Metaverso está ganhando cada vez mais força entre as empresas e marcas, mobilizando não apenas as gigantes de tecnologia, como todo o tipo de negócio dentro do mercado. No Brasil, mais de 130 companhias – de todos os portes – já estão lucrando com participações e inserções em realidade virtual, aumentando o nível de inovação na internet. Daqui para frente vai ser cada vez mais comum o conceito do Metaverso em nossas vidas, de modo a controlar tendências de business e mercado que ainda são uma incógnita. Por isso, é bom ficar atento aos detalhes e procurar maneiras para sua empresa fincar bandeira nesse novo ambiente virtual.
Sem comentários! Seja o primeiro.