Os investimentos pesados que a infraestrutura das redes de telecomunicações de quinta geração (5G) vão demandar por parte das operadoras poderá ser otimizado com o uso de ferramentas baseadas em Inteligência Artificial. É o que aponta uma avaliação realizada pela Bain & Company. De acordo com a consultoria, as companhias podem acelerar as decisões em escala com as ferramentas adequadas de IA, permitindo maior agilidade na implementação da nova rede e maximizando o retorno sobre o investimento.
De acordo com estimativa da Bain, é esperado que entre 2021 e 2025 o número de conexões 5G em todo o mundo triplique de 700 milhões para 2,1 bilhões. Além disso, anota a consultoria, espera-se que a adoção da nova rede seja mais rápida em seus primeiros sete anos (2018–25) do que foi no 4G em igual período de tempo.
A Bain avalia ainda que as especificidades econômicas exigidas pelo 5G desafiarão algumas empresas de telecomunicações de menor porte e digitalmente nativas. Porém, é nesse aspecto que elas podem levar vantagem, ingressando em projetos de 5G e outras áreas de negócios de alto risco utilizando o potencial de ferramentas de inteligência artificial (IA).
Em um nível estratégico mais amplo, diz a consultoria, a implantação nascente dessas soluções baseadas em IA também oferece uma prévia de como as empresas de telecomunicações podem desenvolver um modelo operacional baseado na tecnologia em seus negócios. Com o tempo, as operadoras nativas em IA provavelmente prosperarão em relação às empresas de telecomunicações tradicionais. Isso porque, ressalta a Bain, uma operadora que usa ferramentas de IA em seu projeto de implementação de 5G poderia começar a desenvolver uma capacidade diferenciada para colocar a infraestrutura certa no lugar certo.
A Bain exemplifica que as ferramentas mais avançadas que se baseiam em IA podem mapear como as estruturas físicas de rede e localização podem influenciar a lucratividade da operadora no atendimento ao usuário na ponta. O mapeamento de possíveis obstáculos em uma determinada região, e suas implicações na qualidade do sinal de 5G, pode ser feito pelas empresas de telecomunicações com a ajuda da IA, orientando a implantação e projetando o eventual impacto comercial a partir de modelos preditivos e análise de dados.
No Brasil, o leilão do 5G ocorreu no último dia 4 de novembro. Estudo da Bain estima que a nova geração será responsável por 35% de todas as conexões móveis até 2025 no país, movimentando R$ 36 bilhões, e corresponderá a 81% até 2030, atingindo a marca de R$ 74 bilhões.
Sobre a Bain & Company
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