Geração Z é maioria em tecnologia

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Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

    Para entender melhor quais são as gerações mais presentes no setor de tecnologia e como elas se comportam, a Revelo, maior startup de recrutamento para o segmento da América Latina, entrevistou mais de 900 candidatos de sua base. O levantamento indicou serem da Geração Z a maioria dos profissionais do mercado (35%), ou seja, pessoas nascidas a partir de 1996. O estudo também investigou gênero, salário, localização e outras tendências.

        “As pessoas mais jovens deparam-se com mais oportunidades de capacitação na área, por isso estão cada vez mais assumindo as posições disponíveis. Isso é, inclusive, um alerta para as empresas se adaptarem à essa geração, oferecendo mais flexibilidade e benefícios a fim de reter os melhores talentos”, destaca o cofundador da Revelo, Lucas Mendes.

         De acordo com a pesquisa, o segundo maior grupo presente nas empresas é daqueles nascidos entre 1981 até o início dos anos 90, considerados da Geração Y, com idades entre de 31 a 40, representando 30,7% dos entrevistados. Em seguida destacam-se os Millennials (30,7%) na faixa etária dos 25 aos 30 e, por fim, a Geração X e Baby Boomers assumem a parcela de 12,2%, a partir dos 41 anos.

        Mais de 51% dos candidatos residem em estados do sudeste do país que, de acordo com o estudo da Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes), é a região que detém a maior parte das empresas de tecnologia do Brasil (62,4%). Mesmo assim, 77,1% responderam que estão dispostos a mudar de cidade e até de país caso recebam proposta. Mais de 24% dos entrevistados estão no Nordeste, 9,7% no Sul, 7,2% no Centro-Oeste e 6,9% no Norte. A maioria dos respondentes pertencem às classes sociais B2 e A, com 30,2% e 22,9% respectivamente.

        A maioria dos entrevistados (72,6%) estão trabalhando atualmente, de acordo com a pesquisa. Mas como a área de tecnologia possui duas vagas para cada candidato, segundo outro levantamento da Revelo, a concorrência entre as empresas para reter o melhor talento faz com que os profissionais busquem as melhores ofertas. Isso pode explicar o porquê de 60% dos respondentes afirmarem estar procurando emprego e 54,9% até aceitariam propostas com salários menores.

      Em relação à área de atuação, 36% declararam ser desenvolvedores, carreira que mais contrata no segmento – apenas em 2020, foi registrado um crescimento de 16,66% nas vagas da plataforma, além de ter sido a posição mais buscada durante o ano. Programação ficou em segundo lugar, com 26,3%.

       “O cenário favorável de contratações, ante a falta de profissionais capacitados, impactou também as médias salariais do setor, com aumento de 20% a 30%. Nossa análise exclusiva levou em consideração a alta que o mercado de tecnologia apresentou em 2020 e a importância das soft skills, as habilidades comportamentais, aumentando a busca por carreiras. Acreditamos que as tendências vistas por meio dessas profissões, serão duradouras e ficarão no mercado por muito tempo”, avalia Lucas.

      Gênero

      As pessoas que se identificam do gênero feminino ainda são minoria no segmento, com 37,2% ante 62,8% do gênero masculino.

Média salarial em tecnologia

      A média salarial dos profissionais atuantes em tecnologia foi valorizada nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte no último ano. De acordo com dados da base da Revelo, de R$ 6.020,41 em setembro de 2020, o teto chegou a R$ 9.364,21 em fevereiro de 2021, uma valorização de 55,5%. 

“Para posições em empresas estrangeiras, as remunerações chegam a equivaler R$ 35 mil”, destaca o executivo.