Independentemente do setor da empresa, saiba de uma coisa: ela irá precisar da inovação tecnológica para se manter competitiva no mercado. Hoje, em um mundo globalizado, uma mudança no meio de produção ou mesmo a criação de um novo processo que acontece na China, chega aqui no Brasil bem rápido. Por isso, empresas precisam ficar atentas às transformações decorrentes no mundo e acompanhar essas mudanças.
Organizações estáticas que não se preocupam com isso acabam sendo engolidas pelo mercado. Basta lembrar a quantidade de grandes empresas, até mesmo gigantes por sinal, que não acompanharam as evoluções e tiveram que fechar as portas ou praticamente desapareceram, como a Blockbuster, Kodak ou Xerox. Até mesmo empresas focadas no ramo de tecnologia necessitam ficar atentas às mudanças para não caírem no esquecimento, casos como a Yahoo, My Space ou mesmo o Atari.
A conta é simples! Basta observar como empresas centenárias fizeram para estarem vivas e competitivas até hoje. Qual foi o segredo delas? Entrando no famoso pensamento de Charlie Darwin, não será a espécie mais forte que vai sobreviver, e sim, a que mais se adapta às mudanças. Tem que ser por aí também nas organizações. Quem não muda, não observa as transformações e é muito rígida em sua estrutura organizacional, processos, modelo de negócios, gestão ou mesmo produtos está na contramão do sucesso. Já empresas que acompanham as inovações, estão de olho nas tendências e principalmente se movimentam nessa sentido, sobrevivem. Fica a dica: é muito mais fácil a empresa tentar se adaptar às mudanças do mundo do que tentar mudar o mundo.
Nessa pandemia que assola o planeta isso ficou muito claro. O mundo de quarentena não significou que ele estagnou. Pelo contrário. Empresas e consumidores tiveram que se reinventar. Organizações aceleraram processos inovadores e viveram cinco anos em apenas um. Quem não pensava em trabalhar e-commerce, teve que trabalhar rápido. Quem não acreditava ser importante está presente nas redes, teve que entrar. Quem era contra a reuniões por videoconferência, se viu obrigado a tê-la como única alternativa. Se a empresa parou, ela sabe que o concorrente não. Por isso, a palavra é movimentar-se!
Como disse, até mesmo o consumidor teve que se render as inovações tecnológicas. Compras online foram realizadas e o meio digital nunca foi tão usado e abusado nesse tempo pandêmico. A pergunta agora é outra: será que quando voltarmos e esse tão falado novo normal chegar, alguns novos hábitos e costumes simplesmente desaparecerão? As pessoas que passaram a comprar online, vão parar? O trabalho remoto, que gerou economia para as organizações e facilitou muitos processos vai acabar? Dificilmente. Trata-se de novos tempos, ocasionados por rupturas de paradigmas cada vez mais quebrados nos dias de hoje – basta lembrar quanto tempo você não sai à rua meio sem rumo à procura de um táxi que por ventura vai estar passando naquele local, naquela hora para parar por conta do seu sinal….
Sobre as carreiras, pode se falar que o tipo de profissional está mudando. Fale-se muito que a tecnologia vai roubar empregos. Vai sim, muitos! No entanto, outros vão ser criados. Empregos relacionados aos novos tempos. Profissões ligadas a atividades repetitivas por exemplo, facilmente poderão ser substituídas por máquinas. Já outras que envolvam criação, criatividade, emoção, ineditismo e surpresa não.
Sem falar que por trás da tecnologia tem um ser humano criando, ou melhor, programando. Por isso, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, a procura por profissionais na área de TI, somente no Brasil, será de 420 mil pessoas até 2024. Profissional este, que além de estar completamente inserido à competência técnica, também terá que ter desenvolvido habilidades socioemocionais e ser bom de grupo para atender o que a empresa espera dele. Já a empresa também será adaptada. Com políticas bem definidas de benefícios, gestão de carreiras e uma forte gestão de pessoas. Mesmo assim, se der sorte, deve conseguir segurar esse profissional antenado, inquieto e que não gosta de fincar raízes por um ano, até que ele pule para outra organização em busca de novos desafios e oportunidades. Quer goste ou não, bem-vindo ao mundo de hoje!
Por Téo Scalioni
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