No dia 19 de outubro é celebrado o dia da inovação no Brasil. A data é uma é homenagem a inventor brasileiro, Santos Dumont. Para celebrarmos está data conversamos com Renata Vitiello, Coordenadora de marketing B2B dos lubrificantes Mobil™ sobre a inovação na indústria brasileira.
A palavra inovação, atualmente, deixou de ter um significado exclusivamente técnico e
passou a ser entendida como um objetivo a ser perseguido pelas empresas para
conquistar mais espaço de mercado e apelo público. Como você avalia o atual cenário
da inovação na indústria brasileira?
O cenário da inovação na indústria brasileira tem se mostrado dinâmico, mas também enfrenta desafios significativos. Em termos de pontos positivos, o Brasil possui uma base industrial diversificada, com setores que têm adotado tecnologias emergentes como automação, inteligência artificial, e a Internet das Coisas (IoT). Além disso, existem programas de fomento à inovação que promovem a colaboração entre universidades, centros de pesquisa e empresas. No entanto, o ritmo de inovação na indústria brasileira ainda é relativamente lento em comparação com países mais desenvolvidos e algumas economias emergente, por conta de diversos desafios.
Quais são os principais desafios enfrentados pelo setor?
Alguns dos principais desafios do setor industrial são baixo investimento ainda em pesquisa e desenvolvimento, capacitação e qualificação; dificuldade burocrática de criação de startups (para desenvolver novas tecnologias). Para olhar para as novas tecnologias é imprescindível de ter uma melhor infraestrutura de dados e conectividade de alta velocidade (4G e 5G) e sabemos da dificuldade desta evolução em um país continental.
De que forma a transformação digital tem impactado a competitividade da indústria
brasileira no cenário global?
A transformação digital tem impactado significativamente a competitividade da indústria brasileira no cenário global, tais como aumento de produtividade através de automação, inteligência artificial. Na manufatura, por exemplo, a implementação de Indústria 4.0 está modernizando fábricas e otimizando a produção. Também temos uma melhoria na tomada de decisão e eficiência ao utilizarem dados em tempo real.
A indústria brasileira tem se mostrado capaz de acompanhar as tendências globais de
inovação?
A indústria brasileira tem acompanhado algumas tendências globais de inovação, com destaque para setores como agronegócio, energia renovável e manufatura que adotaram tecnologias da Indústria 4.0. O crescimento de startups tecnológicas e parcerias internacionais também impulsionam a inovação.
Como o setor industrial está lidando com a escassez de mão de obra qualificada para
suportar a inovação tecnológica?
O setor industrial brasileiro tem enfrentado a escassez de mão de obra qualificada para suportar a inovação tecnológica por meio de diversas estratégias. Muitas empresas estão investindo em programas internos de capacitação e treinamentos para qualificar seus funcionários, permitindo que adquiram habilidades em áreas como automação, ciência de dados e inteligência artificial. Além disso, há uma maior colaboração com universidades e centros de pesquisa, visando a formação de talentos com foco em demandas tecnológicas.
O aumento de parcerias com startups e outsourcing de serviços especializados também tem sido uma solução para suprir a falta de profissionais qualificados. Como exemplo a Moove que em 2021 desenvolveu um programa de inovação aberta em parceria com a Innocience e em janeiro de 2022 lançou a plataforma de soluções Moove Engineering Solutions, que oferece uma série de serviços elaborados a partir da inovação em conjunto com startups, com soluções pensadas para gerar inteligência para tomada de decisão da área de manutenção.
Qual é a importância da colaboração entre empresas, universidades e centros de
pesquisa para impulsionar a inovação na indústria brasileira?
A colaboração entre empresas, universidades e centros de pesquisa é crucial para impulsionar a inovação na indústria brasileira, pois facilita o acesso a conhecimentos avançados e tecnologias emergentes. As universidades e centros de pesquisa oferecem expertise e desenvolvem soluções tecnológicas que podem ser aplicadas em processos industriais, enquanto as empresas trazem demandas práticas e recursos para implementação. Essa interação promove o desenvolvimento de novos produtos, melhoria de processos e maior competitividade global. Além disso, forma profissionais qualificados, criando um ecossistema de inovação contínuo e mais integrado.
Como a inovação em sustentabilidade e economia circular tem sido integrada nas
práticas das indústrias brasileiras?
A inovação em sustentabilidade e economia circular tem sido cada vez mais integrada nas práticas das indústrias brasileiras. Muitas empresas estão adotando práticas de reaproveitamento de resíduos, transformando subprodutos em novos materiais ou fontes de energia, contribuindo para a redução do desperdício e a eficiência de recursos. Iniciativas como o uso de fontes de energia renovável, como solar e eólica, também estão ganhando espaço, ajudando a diminuir a pegada de carbono.
Além disso, indústrias estão investindo em tecnologias limpas, como processos de fabricação menos poluentes e soluções de tratamento de efluentes mais eficientes. A economia circular tem sido incentivada por meio de modelos de negócios baseados em reciclagem, logística reversa e design de produtos voltados para a reutilização. Olhando para este caminho a Moove, produtora dos lubrificantes Mobil™ no Brasil foi pioneira no setor em trazer o uso da resina de PCR (post-consumer recycled, em inglês) para suas embalagens desde 2022, trabalhando com 40% de suas bombonas com plástico reciclado. O uso desse plástico resultou na diminuição de 6% no consumo total de plástico virgem da Moove.
Que tipo de investimento em inovação você considera essencial para o futuro da
indústria brasileira, a fim de mantê-la competitiva em um mercado cada vez mais
globalizado e tecnológico?
Para o Brasil evoluir cada vez mais na indústria, é crucial investir em tecnologias que contribuam para a eficiência e produtividade e contribuído para o desenvolvimento e tomada de decisão, entendo que para isso o caminho seria a automação, inteligência artificial (IA) e internet das coisas (IoT).
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