Cinco tendências de negócios para empreender em 2022

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Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

O Brasil enfrentou e enfrenta uma crise econômica, instabilidade política e pandemia, mas os brasileiros ainda demonstram a vontade de empreender. O mercado de trabalho sofreu um forte impacto com essas turbulências, forçando muitos cidadãos a experimentarem o empreendedorismo, conhecido também como “Empreendedorismo por necessidade”.  

O SEBRAE divulgou que, no primeiro semestre de 2021, houve um aumento recorde de abertura de micro e pequenas empresas no país, o número mais alto registrado desde 2015. Nos seis primeiros meses foram cerca de 2,1 milhões de novos negócios, um crescimento de 35% em comparação ao mesmo período em 2020.

Para mergulhar nesse universo, é preciso se atentar a algumas habilidades específicas, sobretudo em um mundo cada vez mais híbrido, que transita entre o online e offline. “É preciso não ter medo de testar, correr o risco de experimentar e não ter medo de errar, pois errar faz parte do risco natural de todo projeto. No entanto, é imprescindível executar ajustes de maneira rápida”, pontua o autor do livro “Resiliência Ágil: Aprenda As Práticas Ágeis (SCRUM) para transformar seus projetos pessoais e profissionais”, Carlos Coutinho. 

O livro também argumenta sobre a liderança ágil, e como desenvolver um mindset voltado para criação de equipes multifuncionais e emocionalmente preparadas  para resolver problemas em momentos desafiadores e instáveis, tanto de forma macro, como a que estamos vivendo em todo o mundo, quanto mais específica. 

Confira abaixo cinco nichos de mercado que podem ser excelentes alternativas para quem quer empreender em 2022 com o menor risco possível e boas chances de prosperar.

Infoprodutos

Apostilas, cursos online, videoaulas, e-books, livros, músicas, pinturas, desenhos, aplicativos, audiobooks, infográficos, entre outros, são cada vez mais procurados pelo público interessado.

 “As pessoas estão buscando mais conhecimento. Se você é realmente bom em alguma área do conhecimento este é o nicho perfeito para empreender sem sustos, já que os custos fixos no mercado digital são infinitamente menores do que no uso de um escritório físico, por exemplo. Você pode terceirizar quase toda a produção do material, focado em vendas e no conteúdo. “, menciona Coutinho. 

Alimentos

É a última coisa que as pessoas cortam em momentos de crise. Afinal de contas, todos precisam comer e cada vez mais as pessoas não têm tempo ou disposição para cozinhar. Trabalhar com alimentação é uma tendência sempre em alta.

Trabalhar com comida exige higiene, capricho e muito carinho na manipulação da matéria prima. Uma dica bastante importante é olhar com carinho para os nichos de confeitaria, vegetarianismo/veganismo e congelados. São tendências com viés de alta e possibilidade de lucros maiores. 

Fornecer para o comércio local – bares, restaurantes e lanchonetes do entorno – e pequenos mercados também pode ser uma excelente opção.

Produtos artesanais

Depois de um longo período onde o que era industrializado era visto como mais valorizado, atualmente o produto artesanal passa a ser mais desejado. Reflexo de tempos onde personalização, exclusividade e busca por compras mais sustentáveis estão na ordem do dia.

Artes plásticas, costura, customização de roupas e acessórios, confecção de brinquedos, enfeites, material promocional como convites e cartazes, bijuterias, ourivesaria, produtos de higiene pessoal e cosméticos… As possibilidades são infinitas e com investimento inicial acessível, na maioria das vezes. 

Pet

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil possui a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais do mundo, além de ser o terceiro em população total de pets.

Isso impulsiona a demanda por itens de cuidados com os animais, como alimentação, vestuário, brinquedos, comedouros, bebedouros, caminhas e outras tantas opções que compõem uma gama cada vez maior. Produtos personalizados e exclusivos tendem a ganhar a atenção do público. 

Estética

No mapa mundi da beleza o Brasil está constantemente entre os três países que mais gastam dinheiro com tratamentos estéticos, sejam eles caseiros, feitos com a aquisição de cremes, loções e tinturas, ou os tratamentos com profissionais especializados que se utilizam das mais variadas técnicas para que os clientes se sintam belos como nunca.

Em 2022 o setor segue muito em alta, inclusive com a presença cada vez mais expressiva do público masculino nessa faixa de mercado. 

Carlos Coutinho, Doutor em Engenharia Química, Professor no curso de Pós-graduação em Engenharia  na PUCPR, Consultor de melhoria contínua e Coach para desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais. Autor do livro “A Tríade da Competência” e da  obra “Resiliência Ágil”, possui mais de 25 anos de atuação na área fabril com experiência comprovada em setores como alimentício, agronegócio, petroquímico e serviços. O profissional possui o título de “Master Black Belt” orientador de mais de 200 projetos Lean six sigma, desde 2004. Experiência internacional em melhoria de processo e avaliações técnicas na Argentina, Oriente Médio, Turquia, África do Sul e China.