O Insight Report de setembro/2021 da Assespro-PR também aborda outros dados sobre o panorama de desenvolvimento de softwares no Brasil, com o objetivo de traçar estratégias que possam auxiliar seus filiados em relação ao mercado de tecnologia nacional.
Os dados vêm de duas bases do INPI: “Estatísticas Preliminares” dos pedidos de registro de software do Sistema de Protocolo Automatizado Geral (PAG) do INPI e publicações de concessão de registros de software da Revista de Propriedade Intelectual do INPI, edição de 2021.
O número de depósitos de registro de software no INPI foi de 3.049 pedidos, com 75% sendo feitos por pessoas jurídicas (45% por empresas e 43% por Instituições de Ensino e Pesquisa).
São Paulo foi o estado com mais pedidos de registro (25%), seguido por Minas Gerais (12%), Paraná (9%) e Rio de Janeiro (8%). A cidade de São Paulo também foi a primeira no ranking, com 368 solicitações.
Curitiba ocupou a segunda colocação, com 192 solicitações. Entre 2009 e 2017, a capital paranaense manteve-se na quarta posição. E a partir de 2018 superou as cidades do Rio de Janeiro e Campinas. Muito disso se deve à Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) que há anos se coloca como um dos polos de desenvolvimento de tecnologia no Brasil. Foram 99 depósitos, em 2018, e 101, em 2019.
Se considerado apenas o Paraná, Curitiba concentrou 75% dos pedidos de registro, seguida por Ponta Grossa (6%) e Londrina (5%). A Assespro-PR tem buscado fomentar e aumentar o networking em todo o estado, e ter registros vindos dessas regiões fortalece a iniciativa.
O boom dos apps
A DevMaker, uma das associadas da Assespro-PR, é um exemplo de como valeu a pena investir no desenvolvimento de apps. A empresa curitibana teve mais de 100% de crescimento em faturamento apenas no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020.
Rudiney Franceschi, CEO da DevMaker, diz que a empresa, que tem mais de dez anos de mercado, se atentou às demandas por soluções mais pontuais com aplicativos, em especial durante a crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19.
“Quando o mercado percebeu que a pandemia iria se postergar, houve uma demanda crescente por digitalização e a necessidade de investimento em mobilidade. Nós fomos uma das empresas que ‘tiraram’ do papel esses projetos”, relata o CEO.
Com o aumento da demanda por soluções de e-commerce, marketplaces, ambientes de interatividade com seu público, como apps para delivery, lojas, plataforma para aulas on-line e até mesmo para o âmbito religioso, a empresa alçou voos inclusive para a Inglaterra, junto de um cliente brasileiro que desenvolve uma solução de delivery, além de um aplicativo para uma empresa de consultoria financeira que fornece treinamento corporativo e optou por criar um aplicativo para compartilhamento de conteúdo.
“Ter o apoio da Assespro e, também, contar com os Insights Report é fator preponderante para empresas como a DevMaker, pois temos que observar os movimentos de mercado e buscar sempre estar no topo do ecossistema”, diz Rudiney Franceschi.
*os dados do INPI são referentes ao levantamento feito no ano de 2019.
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