Fintechs oferecem soluções financeiras para MEI

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Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

m dos entraves para a manutenção de negócios formalizados por um microempreendedor individual (MEI) é encontrar produtos financeiros adequados e garantir que Cadastro da Pessoa Física (CPF) e Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) tenham movimentações financeiras distintas.

Os bancos tradicionais deixam de ser uma opção viável porque os juros altos e os serviços padronizados ofertados não atendem às demandas de pequenos negócios. Por outro lado, sem uma conta separada para o empreendimento, é impossível manter a saúde financeira – pessoal e jurídica – em dia.

Os bancos digitais para PJ surgem como uma ferramenta interessante para fugir de uma taxação que não corresponde ao tamanho do negócio. Ao mesmo tempo, microempreendedores encontram nas fintechs alternativas personalizadas que atendem a demandas específicas do MEI.

Fintechs para MEI

As fintechs são startups financeiras que têm a tecnologia como principal mecanismo para abertura de contas e demais transações bancárias. Além de oferecerem 

soluções personalizadas, elas também contam com taxas mais atrativas que cabem no bolso do microempreendedor.

Abertura de conta

Fintechs destacam-se para os microempreendedores individuais já no momento da abertura de conta. As contas digitais são possibilidades de economizar com os custos de manutenção cobrados pelos bancos convencionais.

Dentre os benefícios das versões digitais das contas bancárias estão as tarifas reduzidas ou mesmo zeradas, em algumas instituições, para transações como TED, DOC, emissão e pagamentos de boletos e outras faturas.

As facilidades são somadas à vantagem de que o titular da conta pode fazer todas as movimentações pela web, sem precisar ir até uma agência para resolver as questões bancárias.

Crédito

Algumas fintechs oferecem opções de investimentos rentáveis e seguros com taxas mais baixas, são as movimentações chamadas peer-to-peer ou P2P. Esse tipo de empresa faz a ponte entre aqueles que precisam de empréstimo e os que estão dispostos a emprestar dinheiro, tornando a operação mais barata do que se o empréstimo fosse feito por meio de bancos e instituições tradicionais.

Ainda que tenha um formato diferenciado e inovador, o empréstimo feito pelas P2P é regulamentado pelo Banco Central, portanto, seguro para ambas as partes. Sendo assim, apesar da mediação da tecnologia, a avaliação e a aprovação de crédito seguem os parâmetros tradicionais.

O que é MEI?

Microempreendedor individual é uma modalidade empresarial que formaliza firmas cujo faturamento anual não ultrapassa R$ 81 mil, de acordo com as regras atuais. Ao se cadastrar nesse regime, o empreendimento passa a ter o direito de emitir nota fiscal pelos produtos ou serviços prestados, o que amplia as possibilidades de negócios.

A formalização garante o direito a eventuais licenciamentos e alvarás de funcionamento por parte dos órgãos governamentais como a Junta Comercial, Receita Federal, Prefeitura, entre outros.

Ao se formalizar, o empresário deve cumprir obrigações legais como o pagamento do Imposto Nacional de Seguridade Social (INSS), no valor de R$ 55, acrescidos de R$ 5 para prestadores de serviço ou R$ 10 para comércio e indústrias. Essas contribuições são fundamentais para que o titular tenha direito a benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, licença-maternidade, pensão por morte e auxílio-reclusão.

O MEI também é obrigado a fazer a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), porém, com uma porcentagem muito menor do que aquela cobrada das empresas do Simples Nacional, por exemplo.