De acordo com pesquisa realizada em 2019, pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 60% das construtoras têm planos de investir em novos recursos tecnológicos nos empreendimentos a ser construídos nos próximos cinco anos. Esses procedimentos modernos, entre eles a indústria 4.0 (termo usado para aplicações de conceitos e métodos inovadores – com o intuito de melhorar os processos) – são ferramentas que auxiliam diretamente na construção de imóveis compactos.
O uso do quadro elétrico – o principal equipamento para a distribuição de energia num imóvel – é um componente que Bruno Catarino, gerente da unidade Londrina da Yticon, construtora do Grupo A.Yoshii, e especializada no segmento do primeiro imóvel, cita como exemplo. “Quando o quadro elétrico é montado na fábrica diminui-se o tempo de uma etapa de execução da obra, já que a menor variabilidade de montagem aumenta a produtividade. E o melhor, haverá um duplo teste, pois, além do teste final, realizado em obra, é verificado também na indústria”, conta.
Forma de alumínio
Outro recurso tecnológico que ele destaca é a forma de alumínio para paredes de concreto, considerada uma tecnologia recente no Brasil, porém, antiga em vários outros países. São placas leves e adaptáveis que são usadas como moldes de paredes e lajes de prédios ou casas para serem facilmente preenchidas por um concreto autoadensável. “Conseguimos, assim, ter padronização da nossa execução, que passa a ser industrial, otimizando os processos de construção e de mão de obra. Isso reduz os custos, apesar do concreto da forma de alumínio e do aço serem os elementos mais caros”, explica.
Pintura elastomérica de alto desempenho
Catarino diz que materiais que necessitam do cimento para a instalação podem fazer com que as tintas tradicionais utilizadas com mais frequência, como látex e acrílicas, rachem por serem menos elásticas. “Isso acontece, principalmente, em paredes que ficam em ambientes externos que possam sofrer com as intempéries.”
Dessa forma, a pintura elastomérica, utilizada pela construtora Yticon, tem a capacidade de se estender em até até 0,5 milímetros e faz com que a camada de tinta resista à expansão da parede e dissimule uma possível fissura em locais superficiais. “Esse é um material de alta tecnologia. Nos empreendimentos em que são aplicadas essa tinta, há durabilidade e garantia maiores de não ocorrer infiltração em paredes de concreto e alvenaria”, pontua.
Impermeabilização de pisos em poliuretano
A impermeabilização em poliuretano é uma tecnologia mais cara, mas existe a facilidade de aplicação, e pode ser usada como pintura final. “Antes, tínhamos que queimar uma base de petróleo e depois colar mantas que poderiam descolar nos cantos e, pelo fato das mantas ficarem localizadas abaixo de um contrapiso de concreto, as manutenções são mais complicadas. Por isso, a pintura oferece qualidade maior quando usada em quadras esportivas e garagens”, afirma.
Garagem externa em pré-fabricado (pré-moldado)
Ainda conforme o gerente, as garagens com estrutura pré-fabricadas também apresentam uma viabilidade melhor comparada à execução com tecnologia tradicional em concreto armado. “A tecnologia do pré-moldado nos ajuda a ganhar tempo e prazo de mão de obra, nos dando a possibilidade de um canteiro mais organizado, (como escritórios e almoxarifados), garantindo qualidade dimensional e acabamento maior. Na entrega da obra, o cliente recebe um edifício garagem com estrutura esteticamente mais bonita”.
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