O movimento de popularização do metaverso segue em constante crescimento, chamando a atenção, até mesmo, de empresas e investidores. Trata-se de uma nova camada da realidade, integrando os mundos real e digital em um ambiente imersivo que pode ser utilizado com diversas novas tecnologias.
Nesse universo as pessoas podem interagir umas com as outras, trabalhar, estudar e ter uma vida social por meio de seus avatares. O principal objetivo é que elas não sejam apenas observadores, mas participem desse mundo virtual.
Uma pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial revelou que 65% das crianças que estão na escola primária nos dias de hoje, irão trabalhar em empregos que ainda não existem. De acordo com Alexandre Slivnik, vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), que realiza cursos e palestras há vinte anos, com a concepção do metaverso esses números tendem a crescer. “Esse estudo aconteceu antes da pandemia e da criação do metaverso. Com a aceleração digital que vivemos nos últimos anos, as empresas entraram nesse universo e entenderam a possibilidade real de fazer negócios. Imagino que o número previsto pela pesquisa deva subir para 75% ou 85%”, revela.
Para o palestrante, essa nova realidade digital terá o poder de aproximar ainda mais as interações. “Muitas pessoas não vão precisar sair das suas casas para se conectar com um cliente, por exemplo. Usando o metaverso, será possível ter uma relação de maior proximidade e conexão se comparado com o que a internet proporciona nos dias de hoje utilizando computadores e celulares”, pontua.
Slivnik afirma que é necessário estar preparado para as mudanças que estão por vir. “O mercado de trabalho vai ganhar ainda mais possibilidades dentro do metaverso. Porém, apenas para aqueles que estiverem preparados. Essa preparação não vem apenas com estudos, mas sim estando aberto a novas oportunidades de aprendizado. Quanto mais as pessoas estiverem abertas para aprender, maiores serão as chances de adaptação e oportunidades neste novo mundo”, relata.
A inclusão é parte crucial para que as mais diversas pessoas deem uma oportunidade ao metaverso. “Um dos principais desafios é fazer com que todas as pessoas estejam imersas nesse universo. Afinal, as pessoas com uma idade mais avançada, que têm algum tipo de dificuldade com a tecnologia, podem se sentir ultrapassadas ao ficarem de fora. As empresas que quiserem se destacar dentro do metaverso terão que pensar de forma inclusiva em todos os sentidos, já que todas as pessoas precisam estar inseridas dentro desse contexto. A primeira companhia que conseguir superar esse desafio, definitivamente vai sair na frente”, afirma o palestrante.
Para Slivnik, a novidade veio para ficar. “No médio e longo prazo nós veremos muitas empresas usando o metaverso para realizar treinamentos e ações de desenvolvimento por imersão, que vão além das simples reuniões virtuais que ficaram na moda durante a pandemia. Com isso, será possível interagir ainda mais. A meu ver, nós teremos grandes transformações nos próximos cinco anos e o metaverso será crucial nesse sentido”, finaliza.
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