Instituto Ramacrisna inaugura primeiro laboratório de inovação digital do Brasil, em  uma zona rural

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Teo Scalioni
Teo Scalioni
Mestre em Administração pela Universidade FUMEC. Tese defendida em 28/02/2011 Título: Parceiras de uma empresa de venture capital: impactos nas dinâmicas operacionais de pequenas e médias empresas de base tecnológica. Formado em Comunicação Social - Jornalismo em 2003. Bolsista Pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) de 2009 a 2011. professor e Gestor de Inovação da Faculdade Arnaldo, idealizador do Acelera Arnaldo, programa que estimula startups de alunos a chegarem no mercado. Empreendedor digital - Co-founder do portal Tempo de Inovação. Palestra "Inovação e Empreendedorismo Digital " na Faculdade Promove de Sete Lagoas Professor Universitário nas Faculdade. Professor Universitário: disciplina: Startups: Negócios Contemporâneos, Estrutura e Processos Organizacionais e Jogos Empresariais

Primeiro laboratório de inovação digital do Brasil a funcionar em uma zona rural, o FabLab,  projeto do Instituto Ramacrisna, foi inaugurado, há mais de um mês, no bairro Santo Afonso, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com 500m2, o espaço tem tecnologia de ponta e será voltado para a qualificação de jovens e adultos  e inclusão digital de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Só existem 25 unidades do mesmo modelo no país, sendo três em Minas Gerais – todas em Belo Horizonte.

O FabLab Ramacrisna oferece o que há de mais moderno e avançado em tecnologia, com ferramentas e materiais para a produção rápida de objetos por meio da prototipagem. O espaço conta com 6 impressoras 3D, 5 óculos de realidade virtual e uma Router CNC Corte a Laser, 18 tablets, computadores e 8 kits lego para a prática da Robótica Educacional. Esses equipamentos irão possibilitar a abertura de novos cursos profissionalizantes, totalmente gratuitos e com alta demanda no mercado.

A vice-presidente do Instituto Ramacrisna, Solange Bottaro, exalta a importância da iniciativa para a transformação da sociedade. “Estarão à disposição de crianças, adolescentes, jovens e adultos equipamentos tecnológicos de ponta, que vão despertar neles a vontade de crescer e promover o resgate da autoestima. Não teriam outra oportunidade de se capacitarem com o que há de mais avançado em tecnologia, de forma gratuita. Imagina o impacto disso nas famílias, nas comunidades de cada integrante do projeto e, finalmente, o impacto na sociedade”, afirma, agradecendo aos parceiros do projeto: Prefeitura de Betim, Vale, WEG, Hotmart e Criança Esperança.

Segundo Solange, o FabLab traz novas perspectivas, um novo mundo, sem fronteiras econômicas e sociais. “Estamos atendendo alunos da rede pública. Eles estavam precisando de um estímulo para ingressarem no mundo digital. Agora terão formação tecnológica básica em fabricação digital, programação e eletrônica. Poderão prestar serviços ou criar seus próprios negócios. Eles terão várias possibilidades para trabalhar com impressão 3D, produção e preparação de materiais produzidos em Router CNC de Corte a Laser, arquivo digital corte/gravação, software, processos de fabricação digital, prática e designs a laser utilizando Sistema CAD”, exemplifica.

Transformação de vidas – O FabLab vai beneficiar adolescentes como Maxuel Felipe Ferreira Lobo, 16 anos. Foi com “brilhos nos olhos ” que ele viu pela primeira vez uma impressora 3D. Hoje já está aprendendo a mexer no equipamento e adquirindo conhecimento em robótica, realidade virtual, realidade aumentada, programação em bloco e desenvolvimento de aplicativos. “O investimento em tecnologia e inovação são fundamentais para o desenvolvimento de nossas habilidades. Para mim, o FabLab é a revolução que vai mudar o futuro de muitos jovens como eu. Minha vida será aqui”, orgulha-se.

Outra entusiasmada do Fablab é Gabriela Loregin, que conheceu o espaço quando lá não havia nada a não ser poeira. Alegre em ver tudo montado e aprendendo a trabalhar com programação e desenvolvimento de aplicativos, ela rebate o preconceito de que tecnologia não é para meninas. “Eu sempre fui apaixonada, já estudava robótica. Agora quero me dedicar ao máximo aos estudos para continuar estudando tecnologia, mas fora do Brasil, quero morar em Londres”, planeja.