Você já parou para pensar que aquele celular velho jogado na gaveta pode ser uma verdadeira mina de ouro? Pois é, literalmente! O Reino Unido acaba de dar um passo à frente na reciclagem de lixo eletrônico, extraindo ouro de aparelhos eletrônicos descartados para fabricar moedas. É como uma versão moderna do Rei Midas, só que em vez de transformar tudo em ouro, eles estão transformando lixo em ouro!
A Fábrica de Moedas Real (Royal Mint) do Reino Unido está liderando esse projeto. Eles construíram uma instalação de última geração em Llantrisant, no País de Gales, que é capaz de processar até 90 toneladas de lixo eletrônico por semana. Isso é o equivalente a cerca de 1,5 milhão de smartphones!
Lixo em ouro
Mas como funciona esse processo? A instalação usa um processo químico para separar o ouro e outros metais preciosos dos componentes eletrônicos. É como se fosse uma peneira super high-tech que separa o ouro do resto do material. O processo é tão eficiente que pode recuperar mais de 99% do ouro presente nos aparelhos.
E não é pouco ouro não! Segundo a Royal Mint, uma tonelada de placas de circuito de smartphones contém até 40 vezes mais ouro do que uma tonelada de minério. É como se cada smartphone fosse um pequeno cofre cheio de tesouros. A ideia é usar esse ouro “reciclado” para fabricar moedas comemorativas.
E os benefícios vão muito além do aspecto financeiro. Esse processo ajuda a resolver um dos maiores problemas ambientais da nossa era: o descarte inadequado de lixo eletrônico. Só para você ter uma ideia, em 2022, o mundo gerou cerca de 59,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico. Isso é mais pesado que a Grande Muralha da China! E o pior é que apenas 17,4% desse lixo foi reciclado adequadamente.
O projeto da Royal Mint não só ajuda a reduzir esse problema como também diminui a necessidade de mineração tradicional de ouro, que muitas vezes causa sérios danos ambientais.
Mas não pense que o Reino Unido está sozinho nessa empreitada, outros países também estão de olho nesse filão dourado. O Japão, por exemplo, usou metais reciclados de aparelhos eletrônicos para produzir as medalhas dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021.
O projeto da Royal Mint é um exemplo brilhante (literalmente!) de como a inovação pode transformar um problema em uma oportunidade. É uma lembrança de que, às vezes, as soluções para nossos maiores desafios podem estar bem ali, escondidas nas nossas gavetas.
Fonte: BBC
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