País concentra 100% dos hospitais com maior maturidade tecnológica na região e projeta crescimento de 12% em TI para saúde, segundo Mordor Intelligence
O Brasil assumiu a liderança na transformação digital da saúde na América Latina, consolidando o conceito de hospital digital através de certificações internacionais que validam maturidade tecnológica. O país concentra todas as instituições hospitalares da região que alcançaram os níveis mais altos de excelência digital — HIMSS 6 e 7 — estabelecendo novo padrão de qualidade assistencial baseado em tecnologia.
Dados da Mordor Intelligence indicam que o Brasil será o país com maior crescimento na área de tecnologia da informação para saúde nas Américas, com projeção de 12% de expansão. Esse avanço reflete a busca crescente por padrões internacionais de eficiência, segurança do paciente e precisão clínica validados através de certificações como a HIMSS (Healthcare Information and Management Systems Society).
O que é certificação HIMSS e por que importa
A HIMSS é referência global para medir maturidade digital hospitalar. A certificação utiliza escala de 0 a 7, onde os níveis mais altos atestam que a instituição utiliza tecnologia e dados de forma plena para garantir segurança assistencial, precisão clínica e cuidado efetivamente centrado no paciente.
Hospitais certificados nos níveis 6 e 7 HIMSS demonstram:
- Interoperabilidade completa entre sistemas
- Processos clínicos padronizados e baseados em evidências
- Prontuário eletrônico integrado e sem papel
- Análise de dados em tempo real para tomada de decisão
- Protocolos automatizados de segurança do paciente
- Rastreabilidade total de medicamentos e procedimentos
Atualmente, apenas quatro instituições brasileiras possuem certificação HIMSS ativa nos níveis máximos: Unimed Recife, Unimed Sorocaba, Unimed Sul Capixaba e Hospital Geral do Grajaú.
MV concentra 100% dos hospitais brasileiros certificados HIMSS
A MV, líder em softwares para saúde na América Latina, anunciou marco significativo: 100% dos hospitais brasileiros que alcançaram níveis 6 e 7 da certificação HIMSS utilizam as soluções da companhia. O dado evidencia concentração tecnológica e valida a plataforma como referência para transformação digital hospitalar na região.
“O Brasil está, de fato, liderando essa jornada na América Latina. A certificação HIMSS é o reconhecimento máximo desse esforço, e o fato de todas as instituições brasileiras certificadas no topo utilizarem nossa tecnologia demonstra o apetite pela transformação”, afirma Paulo Magnus, CEO da MV.
O executivo destaca que a certificação comprova que o país alcançou padrão mundial de eficiência e acurácia no cuidado. “Isso prova que estamos no mais alto patamar global, e estamos orgulhosos de impulsionar esse movimento”, completa.
Unimed Recife: pioneira em hospital digital no Brasil
A trajetória brasileira rumo à maturidade digital tem marco histórico na Unimed Recife. Em 2016, a instituição tornou-se o primeiro hospital brasileiro a atingir o nível máximo HIMSS 7, estabelecendo referência para o setor.
A conquista representou eliminação completa de prontuários em papel, implementação de prescrição eletrônica com alertas inteligentes, rastreabilidade total de medicamentos e integração de todos os sistemas assistenciais. Desde então, a Unimed Recife renovou a certificação, mantendo-se como referência nacional.
O exemplo da Unimed Recife inspirou outras instituições a investirem em transformação digital. Unimed Sorocaba e Unimed Sul Capixaba seguiram o caminho, consolidando o sistema cooperativo de saúde como líder em inovação tecnológica hospitalar no país.
Hospital público conquista certificação HIMSS inédita
O símbolo mais recente da liderança brasileira é o Hospital Geral do Grajaú (HGG), em São Paulo. A instituição tornou-se o primeiro hospital público 100% SUS de gestão estadual da América Latina a conquistar a certificação HIMSS nível 6.
A conquista representa avanço significativo para saúde pública brasileira, historicamente marcada por deficiências estruturais e tecnológicas. O Hospital do Grajaú demonstra que modernização é viável mesmo em instituições que atendem exclusivamente o Sistema Único de Saúde.
Com tecnologia MV, o HGG implementou prontuário eletrônico integrado, prescrição digital com validação farmacêutica automatizada, rastreabilidade de medicamentos por código de barras e dashboards de monitoramento assistencial em tempo real.
“O caso do Hospital do Grajaú é emblemático e nos enche de orgulho. Ele prova que a modernização na saúde pública é possível e que o Brasil está inovando tanto no setor privado quanto no SUS”, pontua Paulo Magnus, CEO da MV.
TechInPulse: parceira oficial HIMSS conduz certificações
A transformação digital dos hospitais brasileiros conta com suporte especializado da TechInPulse, empresa do Ecossistema MV e parceira oficial da HIMSS no Brasil. A consultoria apoia instituições na jornada de certificação, desde diagnóstico de maturidade até implementação de melhorias necessárias.
O modelo de parceria acelera o processo de adequação aos padrões internacionais. Especialistas da TechInPulse realizam gap analysis — análise de lacunas entre situação atual e requisitos HIMSS — e desenvolvem roadmap de transformação customizado para cada instituição.
“Nosso papel, com a MV e a TechInPulse, é fornecer as ferramentas. A tecnologia é o meio; o propósito é sempre levar saúde de qualidade, com segurança, precisão e humanidade, a mais pessoas”, explica o CEO da MV.
Benefícios concretos da transformação digital hospitalar
Hospitais que alcançam certificação HIMSS relatam melhorias mensuráveis em indicadores assistenciais e operacionais:
Segurança do paciente: Redução de até 80% em erros de medicação através de prescrição eletrônica com alertas de interação medicamentosa e validação farmacêutica automatizada.
Eficiência operacional: Diminuição de 40% no tempo de registro de procedimentos e eliminação de retrabalho causado por ilegibilidade de prescrições manuscritas.
Precisão diagnóstica: Integração de exames laboratoriais e de imagem ao prontuário eletrônico permite visualização completa do histórico clínico, reduzindo pedidos de exames redundantes em 30%.
Rastreabilidade: Código de barras em medicamentos e materiais garante rastreabilidade total, essencial para recall de produtos e investigação de eventos adversos.
Tomada de decisão: Dashboards analíticos fornecem visão em tempo real de indicadores como taxa de ocupação, tempo médio de permanência e desfechos clínicos por patologia.
Desafios da implementação de hospitais digitais no Brasil
Apesar do crescimento, a transformação digital hospitalar enfrenta obstáculos significativos no Brasil. Investimento inicial elevado representa barreira especialmente para pequenas e médias instituições. Hospitais com menos de 100 leitos frequentemente carecem de recursos para aquisição de softwares integrados e infraestrutura tecnológica necessária.
Resistência cultural de profissionais acostumados a processos analógicos também desacelera mudanças. Médicos seniores, em particular, demonstram maior dificuldade de adaptação ao prontuário eletrônico. Treinamento continuado e gestão de mudança organizacional são essenciais para superar essa barreira.
Interoperabilidade entre sistemas de diferentes fornecedores permanece como desafio técnico. Ausência de padrões nacionais obrigatórios de comunicação entre plataformas limita a troca de informações entre instituições, comprometendo a continuidade do cuidado.
Perspectivas para saúde digital no Brasil
O Brasil caminha para consolidar liderança em saúde digital na América Latina nos próximos anos. Crescimento projetado de 12% em TI para saúde deve ampliar o número de instituições certificadas e expandir benefícios da transformação digital para mais pacientes.
Legislações como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre prontuário eletrônico criam ambiente regulatório mais maduro, estimulando investimentos em segurança da informação e governança de dados em saúde.
Telemedicina e inteligência artificial emergem como próximas fronteiras. Hospitais digitais estão melhor posicionados para incorporar essas tecnologias, aproveitando infraestrutura de dados já estruturada.
A expectativa é que mais hospitais públicos sigam o exemplo do Hospital Geral do Grajaú. Instituições municipais e estaduais de maior porte começam a planejar investimentos em transformação digital, reconhecendo impacto direto na qualidade assistencial e eficiência de recursos.
“A tecnologia deixa o papel e as burocracias de lado para colocar o foco onde deve estar: no cuidado ao paciente”, resume Paulo Magnus. O movimento de hospitais digitais no Brasil demonstra que essa visão está se materializando, posicionando o país como referência regional em inovação na saúde.
FAQ – Perguntas frequentes sobre hospitais digitais no Brasil
O que é um hospital digital? Hospital digital é instituição que utiliza tecnologia da informação de forma integrada em todos os processos assistenciais, eliminando papel e garantindo segurança, rastreabilidade e eficiência através de prontuário eletrônico, prescrição digital e sistemas interoperáveis.
O que é certificação HIMSS? HIMSS (Healthcare Information and Management Systems Society) é organização global que certifica maturidade digital hospitalar em escala de 0 a 7. Níveis 6 e 7 representam padrão máximo de excelência tecnológica.
Quantos hospitais brasileiros têm certificação HIMSS nível 7? Atualmente, quatro instituições brasileiras possuem certificação HIMSS ativa nos níveis máximos (6 e 7): Unimed Recife, Unimed Sorocaba, Unimed Sul Capixaba e Hospital Geral do Grajaú.
Qual foi o primeiro hospital brasileiro certificado HIMSS 7? Unimed Recife, em 2016, tornou-se o primeiro hospital brasileiro a atingir o nível máximo HIMSS 7, estabelecendo referência nacional.
Existe hospital público com certificação HIMSS no Brasil? Sim. O Hospital Geral do Grajaú, em São Paulo, é o primeiro hospital público 100% SUS de gestão estadual da América Latina a conquistar certificação HIMSS nível 6.
Quais os benefícios do hospital digital para o paciente? Redução de erros médicos, maior segurança em medicação, acesso rápido ao histórico clínico completo, menos exames redundantes, atendimento mais ágil e rastreabilidade total de procedimentos.
Quanto custa implementar hospital digital? Investimento varia conforme porte da instituição, sistemas escolhidos e nível de maturidade atual. Hospitais de médio porte investem entre R$ 2 milhões e R$ 10 milhões em transformação digital completa.

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