De acordo com o estudo Inteligência Artificial no Varejo, 47% dos varejistas utilizam Inteligência Artificial (IA) em alguns de seus processos. Segundo o relatório, 56% do uso dessa tecnologia é feito no atendimento ao cliente com chatbots. Ao mesmo passo, o relatório Anuário do Gestor: CX Trends 2024, elaborado pela Octadesk em parceria com a OpinionBox, revelou que apenas 20% dos consumidores alegam ter tido uma boa experiência ao interagir com chatbots.
Neste cenário, Marcos Schütz, CEO da VendaComChat, rede especializada nos serviços de automação do Whatsapp, afirma que o que tende a afastar o consumidor dos atendimentos automatizados é o tom excessivamente formal ou robótico, desta forma, ele alerta que o segredo para não perder o toque humano envolve estratégia e design de conversação. Segundo ele, é fundamental fazer com que o linguajar do chatbot pareça natural e amigável. “Trabalhar a ‘personalidade’ do bot, utilizando uma linguagem que reflita os valores e o estilo de comunicação da empresa ajuda o cliente a sentir uma conexão mais forte com a marca. Além disso, investir em um tom mais informal, inclusivo e empático pode fazer com que o cliente tenha uma experiência mais humanizada”, explica o executivo.
Conforme Marcos, criar scripts de atendimento que sejam mais casual e coloquial é um desafio para a maioria das empresas, mas pode ser solucionado de maneira simples. “Um dos métodos mais eficazes é automatizar um recado de boas-vindas caloroso no início da interação, personalizar as mensagens com o nome do cliente e dados específicos do histórico dele, mencionando compras anteriores, recomendando produtos relacionados ao que ele já adquiriu ou fazendo sugestões com base nas preferências registradas, além de programar conteúdos de acompanhamento após a conclusão da interatividade, fazendo com que o cliente se sinta valorizado”, esclarece.
O CEO da VendaComChat, também revela que para gerar uma experiência agradável e eficaz no atendimento automatizado, é fundamental realizar ajustes constantes. “Revisar os diálogos e adicionar novos fluxos de atendimento com base em mudanças no produto ou novas necessidades do cliente é crucial para manter a interação atualizada e precisa”, explica Marcos.
Ainda de acordo com o relatório da Octadesk em parceria com a OpinionBox, 51% dos consumidores afirmam que para o atendimento de um robô ser bom, ele precisa fazer a conexão com um humano quando necessário. Neste aspecto, Marcos ressalta que a automação deve lidar com tarefas simples como perguntas frequentes, status de pedidos e agendamentos, de modo que, ao perceber sinais de dúvida ou insatisfação do cliente, a conversa seja automaticamente transferida para um atendente humano. “Ajustar onde o bot interage e onde o humano intervém deve ser uma prática recorrente, garantindo que a automação esteja sempre alinhada com a experiência desejada. Uma saída descomplicada que ajuda a gerenciar as expectativas do cliente é no início da conversa, o chatbot explicar brevemente o que pode ou não fazer. Desta forma, o consumidor saberá quando pode obter uma resposta direta e quando precisa falar com um atendente humano”, comenta.
Marcos ressalta que a automação viabiliza velocidade, agilidade e precisão no atendimento ao cliente, além de fornecer métricas detalhadas como tempo de resposta e satisfação. “Quando bem implementada, a tecnologia pode transformar a experiência do usuário, oferecendo rapidez, conveniência e personalização. O segredo está em equilibrar a eficiência da automação com o toque humano, para que o consumidor se sinta bem atendido”, finaliza.
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