A Inteligência Artificial generativa já é uma realidade no dia a dia dos brasileiros. Segundo pesquisa realizada pela Conversion, em parceria com a ESPM, 93% dos brasileiros conectados já usaram ferramentas como ChatGPT, Gemini ou Copilot — e 98% conhecem esse tipo de tecnologia. Esses dados demonstram como a IA deixou de ser apenas uma tendência para se tornar um hábito consolidado. Mais do que isso, o uso se tornou parte da rotina: 49,7% utilizam IA todos os dias e 86,4% ao menos uma vez por semana. Ou seja, a IA já ultrapassou o estágio da curiosidade inicial, passando a ocupar um espaço funcional e recorrente na rotina das dos brasileiros – seja para estudar, trabalhar ou resolver tarefas cotidianas. Conforme a pesquisa, o principal motivo por trás da grande adesão está no ganho de eficiência. Quase todos os usuários afirmam que a IA os ajuda a economizar tempo e realizar tarefas com mais agilidade, seja na vida profissional ou nos estudos. Aumenta o uso – e a confiança também Apesar de ser uma tecnologia relativamente nova, as ferramentas de Inteligência Artificial já mostram um nível considerável de confiança entre os brasileiros. Segundo os dados, 62% dos usuários confiam muito ou totalmente nas informações geradas por IA, número bastante próximo dos 65,2% que dizem o mesmo sobre buscadores tradicionais, como o Google. Além disso, 45,1% dos respondentes consideram ambos igualmente confiáveis, o que indica uma mudança gradual na percepção pública. Apesar de o Google manter soberania – aproximadamente 27,4% consideram o Google mais confiável (somando “um pouco” e “muito mais”), 25,5% dos respondentes atribuem maior confiabilidade às IAs, uma distribuição quase simétrica. Esse equilíbrio mostra que a IA já ocupa um espaço relevante na formação de opinião e na busca por informação, mas ainda convive com a autoridade consolidada dos mecanismos clássicos de busca. IA e Google: novas dinâmicas de busca Entre os principais achados do estudo, está a percepção de que a interação entre AI e buscadores está moldando um novo comportamento digital. Enquanto o Google mantém sua presença dominante, o uso da IA já se aproxima, revelando uma dinâmica híbrida de busca que representa um insight estratégico para negócios e comunicação. Os dados mostram: 32,3% dos entrevistados diminuíram as buscas no Google desde que passaram a usar IA;Outros 25,8% aumentaram suas buscas – o que revela que as tecnologias podem ser complementares;Para 41,8%, o comportamento se manteve igual. Segundo Diego Ivo, fundador da Conversion, as mudanças observadas apontam para uma dinâmica híbrida, na qual o consumidor alterna entre IA e buscadores tradicionais conforme o tipo de informação que busca. “Estamos diante de um cenário em que as marcas precisam estar preparadas para aparecer onde a informação nasce, não apenas onde ela é clicada”, afirma. Para Ivo, a confiança quase equiparada entre as duas tecnologias mostra que não se trata de substituição, mas de coexistência. “Para as marcas, isso exige uma revisão nas estratégias de conteúdo: não basta mais otimizar apenas para buscadores. É preciso criar materiais que sejam reconhecidos e priorizados tanto pelos mecanismos de busca quanto pelos modelos de IA generativa”, completa. Usos da IA Quando se trata do uso da IA, a pesquisa da Conversion revela principal vantagem percebida pelos brasileiros é a economia de tempo (71,2%), que pode ser observadas de diversas formas: a busca de informações específicas, auxílio em tarefas profissionais e aprendizado de novos assuntos, que são funcionalidades descritas pelos próprios respondentes quando perguntados sobre as principais finalidades do uso de IA generativa. Qual a principal vantagem que você encontra ao usar ferramentas de IA generativa? |
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ChatGPT é o mais lembrado Quando se fala em Inteligência Artificial, o ChatGPT é a marca mais lembrada pelos brasileiros. Também é a mais usada, com altos índices de experimentação e retenção, de acordo com os entrevistados. Isso mostra um nível de consolidação relevante em um mercado tão novo e competitivo.Qual a primeira ferramenta/marca vem a sua mente quando pensa em Inteligência Artificial? |
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O que isso muda para o marketing?Essa transição impacta diretamente as estratégias de conteúdo, SEO e branding. A seguir, algumas recomendações para marcas e profissionais: Adote uma estratégia de busca híbrida: crie conteúdos otimizados tanto para IA quanto para buscadores tradicionais. Invista em conteúdo conversacional: IA responde perguntas, então sua marca precisa gerar respostas. Distribua bem seu conteúdo: as IAs coletam informações de sites, redes sociais e imprensa. Esteja presente nesses canais. Construa autoridade: conteúdos bem estruturados, factuais e confiáveis tendem a ser priorizados pelos modelos. Eduque sua audiência: ofereça materiais sobre como usar IA a seu favor. O interesse por esse tema está em alta. Acompanhe as mudanças: o cenário está evoluindo rápido. Estratégias precisam ser adaptáveis. Principais conclusões Adoção massiva e integração cotidiana: A IA generativa já faz parte da rotina de 93,9% dos entrevistados, com 86,4% utilizando essas ferramentas semanalmente. Coexistência complementar: Ferramentas de IA e mecanismos de busca tradicionais coexistem de forma complementar, com preferências específicas para cada tecnologia. Confiança equalizada: Os níveis de confiança nas informações de IA (61,9% confiam muito ou totalmente) se aproximam dos níveis de confiança nos mecanismos de busca tradicionais (65,2%). Transformação de hábitos: 32,3% dos usuários de IA relatam diminuição nas buscas no Google, sinalizando uma transformação gradual no comportamento de consumo de informação. Produtividade como motor: 96,5% dos usuários reconhecem que a IA melhora a sua produtividade, destacando seu valor prático no cotidiano. Preocupações persistentes: A privacidade dos dados (85,3% têm algum nível de preocupação) e a precisão das informações (44% já encontraram informações incorretas) permanecem como desafios. Aprendizado autodidata: 72,8% dos usuários aprenderam a usar IA por conta própria, indicando interfaces intuitivas e alta motivação para experimentação. Consciência do impacto profissional: 67,6% acreditam que precisarão aprender a usar IA para se manterem competitivos profissionalmente. Apoio a políticas públicas: 70,1% defendem investimento governamental em IA, e 62,5% apoiam alguma forma de renda básica universal frente aos desafios do mercado de trabalho. Recomendações para profissionais de marketing Estratégia de busca híbrida: Desenvolva conteúdos otimizados tanto para mecanismos de busca tradicionais quanto para IA, reconhecendo os diferentes padrões de consumo de informação. Conteúdo conversacional: Invista em formatos que respondam às consultas feitas a ferramentas de IA. Crie conteúdos que suas partes estejam respondendo a dúvidas dos usuários. Invista em diferentes canais: As principais IAs do mercado buscam informações dentro e fora dos canais tradicionais (blogs e sites institucionais). Posicione sua marca nas redes sociais, imprensa e diferentes canais de engajamento. Conteúdo de autoridade: Crie conteúdo profundo, factual e bem estruturado que possa ser reconhecido como fonte confiável por ferramentas de IA. Estratégias para diferentes canais de IA: Desenvolva abordagens específicas para diferentes plataformas de IA (ChatGPT, Gemini, IA em redes sociais), reconhecendo suas particularidades. O curso SEO para IA lançado pela Conversion, tem um módulo inteiro explicando as diferenças no funcionamento das ferramentas. Educação e capacitação: Ofereça recursos educacionais sobre uso de IA relevante para seus usuários, aproveitando a disposição dos consumidores para aprendizado. É um tema quente e deve continuar assim por bastante tempo — então utilize isso ao seu favor. Monitoramento contínuo: Acompanhe a evolução das tendências de uso de IA, considerando a rápida transformação desse cenário tecnológico.Sobre a Conversion |
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