Brasil vira referência mundial em transplante capilar com técnicas mais modernas

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Tempo de Inovacao
Tempo de Inovacao
transplante capilar

Os transplantes capilares evoluíram muito nas últimas décadas. Se antes os procedimentos deixavam marcas visíveis e fios com aspecto artificial, hoje as técnicas garantem resultados naturais e discretos. Essa mudança ajudou a transformar o Brasil em um dos principais destinos para quem busca recuperar os cabelos e a autoestima.

De acordo com um levantamento da International Society of Hair Restoration Surgery (ISHRS), o Brasil já está entre os territórios que mais realizam transplantes capilares no mundo. O país acompanha de perto avanços tecnológicos que tornaram os procedimentos mais precisos, reduzindo tempo de recuperação e melhorando a estética final.

Para Stanley Bittar, especialista em transplante capilar e CEO da Stanley’s Hair, essa evolução mudou completamente a percepção do público. “Antigamente, as pessoas tinham medo do transplante porque viam aqueles fios espaçados, retos, com cara de boneco. Hoje, a distribuição é feita fio a fio, seguindo o caimento natural do cabelo. Isso fez com que mais gente se sentisse confiante para realizar o procedimento”, explica.

De cicatrizes visíveis a resultados naturais

O transplante capilar começou a se popularizar nos anos 90, mas os primeiros métodos eram invasivos e deixavam cicatrizes. O mais comum era a técnica FUT (Transplante de Unidades Foliculares), que consistia na remoção de uma faixa inteira do couro cabeludo para extração dos folículos. Isso gerava um tempo de recuperação mais longo e um risco maior de marcas na pele.

Hoje, a maioria dos transplantes utiliza a técnica FUE (Extração de Unidade Folicular), que retira os fios individualmente e os transplanta sem necessidade de cortes grandes. A novidade reduziu o desconforto e acelerou a recuperação. Além disso, equipamentos mais modernos permitem um posicionamento mais preciso dos fios, o que dá um acabamento muito mais natural.

“A grande mudança não foi só na técnica, mas na forma como o transplante é feito. Antes, ele era muito mecânico, agora é pensado artisticamente, respeitando o caimento dos fios e o formato do rosto da pessoa. Esse cuidado faz toda a diferença no resultado”, comenta Bittar.

Porquê o Brasil se tornou referência

O Brasil já era um dos líderes em cirurgia plástica e, nos últimos anos, o transplante capilar entrou nesse cenário. O país se destaca pela qualidade dos especialistas, mas também pelo custo-benefício. Aqui, os valores são mais acessíveis do que em outros mercados, como os Estados Unidos e a Europa, sem perder em qualidade.

Os custos baixos frente ao dólar não são suficientes, no entanto. A confiança no mercado estético nacional faz toda a diferença. Outro fator que impulsionou o crescimento do setor foi a demanda. O brasileiro tem uma relação forte com a aparência e a autoestima, o que fez com que mais pessoas buscassem tratamentos para calvície e falhas capilares. Isso gerou um mercado forte e permitiu que as clínicas investissem em tecnologia e especialização.

“O Brasil se tornou referência porque temos médicos extremamente qualificados e acessibilidade maior do que muitos países. É por isso que hoje não só brasileiros, mas também estrangeiros vêm para cá realizar múltiplos procedimentos”, destaca Bittar.

Com o avanço das técnicas e o acesso facilitado, o transplante capilar deixou de ser algo restrito para poucos e passou a ser uma alternativa viável para quem quer recuperar os fios com segurança e naturalidade. E tudo indica que essa tendência vai continuar crescendo nos próximos anos.