A construção de times diversos no Brasil não é apenas um desafio para muitas empresas, mas um movimento natural da inovação que o mercado tem enfrentado. Segundo um estudo feito pelo ID_BR (Instituto Identidades do Brasil) sobre o impacto da polarização no mundo do trabalho, para cada 10% de aumento na diversidade étnico-racial, observou-se um incremento de quase 4% na produtividade das organizações.
Karine Silveira, Diretora de Pessoas e Co-fundadora da Impulso, destaca a importância de promover a diversidade e a inclusão desde os processos de recrutamento até a gestão de equipes. Segundo ela, “isso não é só uma questão de responsabilidade social, mas também um fator de extrema importância para a inovação e o sucesso das corporações na realidade competitiva de hoje.”
Um dos principais desafios mencionados por Karine é a identificação e eliminação de vieses inconscientes nos processos de seleção. ”Muitas vezes, os recrutadores não percebem que estão tomando decisões baseadas em estereótipos. Treinamentos de conscientização e o uso de tecnologias como algoritmos de recrutamento ajudam a amenizar essa situação.”, explica a profissional.
Além disso, a falta de representatividade nas posições de liderança pode ser um obstáculo significativo. “É importante investir em programas de desenvolvimento e mentoria para garantir que talentos diversos tenham as mesmas oportunidades de crescimento e ascensão na carreira”, explica Karine. Ela acrescenta que a presença de líderes diversos não só serve como inspiração, mas também contribui para um ambiente mais acolhedor e inclusivo.
Outro ponto crucial abordado por Karine é a criação de uma cultura organizacional que valorize e celebre as diferenças. “Não basta apenas contratar uma equipe diversa; é necessário criar um ambiente em que todas as pessoas se sintam respeitadas e valorizadas. Podemos alcançar isso por meio de políticas inclusivas, programas de diversidade e a promoção de eventos que celebrem diferentes culturas e perspectivas.”
Para apoiar as organizações nesse caminho, a Impulso desenvolveu o programa Diversidade Impulsionada. “Nosso programa monta, aloca e acompanha times diversos, com pessoas de grupos minorizados, para diferentes projetos e desafios das corporações, poupando tempo e recursos para as lideranças, com um subsídio que oferecemos de 80%, no valor dos nossos serviços.” explica Karine. Ela acredita que esse serviço pode ser um divisor de águas para muitas organizações que buscam uma transformação real e aceleração de resultados.
“O programa conta com 3 grandes passos. Primeiro, definimos a configuração dos times com base no contexto e seus desafios. Depois, montamos a equipe em três semanas, por meio de triagens, entrevistas, background checks e uma cuidadosa validação técnica. Por último, realizamos o Kickoff do novo time, em que após uma reunião, ele já tem ideia de como funciona a empresa, quais são as expectativas, e, assim, preparam as entregas.”
Karine também ressalta a importância de medir e monitorar o progresso em direção à inovação. “As empresas precisam estabelecer metas claras e acompanhar regularmente seus avanços. Ferramentas de análise de dados podem ser úteis para identificar áreas de melhoria e garantir que as iniciativas de diversidade estejam realmente fazendo a diferença.”
Além disso, por meio do programa Referral Diversidade, a Impulso incentiva a indicação de pessoas que pertençam a grupos minorizados para as oportunidades da empresa, com premiações cada vez que esses indicados são alocados. “Esse programa não só ajuda a ampliar nossa rede de talentos diversos, mas também engaja nossos colaboradores no compromisso com a inclusão. Com ele, recebemos indicações de mulheres, 50+, pessoas pretas, LGBTQIAPN+ e PCDs.” afirma Karine.
Por fim, ela enfatiza a necessidade de um compromisso contínuo e genuíno por parte da alta gestão. “Essas mudanças, não devem ser vistas como uma iniciativa isolada, mas sim como um valor fundamental da empresa. Quando a liderança está comprometida, isso se reflete em todas as áreas da organização e inspira os colaboradores a adotar uma postura mais inclusiva. Com isso, as organizações podem enxergar melhora do bem-estar na organização, habilidades diversificadas, diminuição do turnover e maior capacidade de atração de talentos.”
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